Juba (RV) - "A crise no Sudão do Sul, infelizmente, não foi ainda resolvida.
A situação atual, causada pelo conflito, pode levar a um estado de extrema pobreza,
com conseqüências muito graves", disse o Secretário-Geral do Conselho Mundial de Igrejas
(CMI), Rev. Olav Fykse Tveit, durante a visita da delegação desse organismo ao Sudão
do Sul.
Segundo Tveit, citado pelo jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano,
"neste momento é importante fazer progressos no plano político para restabelecer a
cooperação entre as partes a fim de garantir a segurança da população e daqueles que
foram seqüestrados durante os confrontos".
O Secretário-Geral do CMI confirmou
o compromisso do organismo em favor da paz no Sudão do Sul. "As comunidades eclesiais
e líderes políticos devem ampliar seus esforços para obter a justiça e a paz. Manifestamos
o nosso apoio e nossa solidariedade com aqueles que estão à procura de um caminho
para a reconciliação e reconstrução da nação. As Igrejas no Sudão do Sul sabem que
não estão sozinhas", disse ainda o Pastor Tveit.
Nesta espiral de violência
que envolve o país com milhares de deslocados que morrem de fome, são muitas as crianças
recrutadas para combater. O conflito se espalhou da capital Juba para os Estados onde
existe petróleo.
Infelizmente, a guerra que teve início por interesses econômicos
tem também uma dimensão étnica, considerando que se transformou numa batalha entre
as tribos Dinka, do Presidente da República, Salva Kiir Mayardit, e Nuer, à qual pertence
o ex-vice-presidente, Rijek Machar.
"Com essa nossa visita pastoral e em nome
da comunidade cristã do mundo inteiro queremos ajudar a difundir a mensagem certa
para pôr fim às atrocidades", concluiu o Pastor Tveit. (MJ)