2014-05-05 13:16:19

Anúncio, formação e reconciliação: Papa aos bispos do Burundi


Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã de segunda-feira, 05, o Papa Francisco recebeu um grupo de dez bispos do Burundi que se encontram em Roma realizando a peregrinação quinquenal conhecida como visita ad Limina Apostolorum.

Depois de agradecê-los pela visita, o Papa quis recordar a memória de Dom Michael A. Courtney, o Núncio Apostólico irlandês que foi assassinado em 2003, aos 58 anos, por um franco-atirador que disparou contra seu carro a poucos km da capital, Bujumbura. “Foi fiel até doar sua própria vida pela missão que lhe foi confiada no Burundi”, disse Francisco.

Em seguida, o Papa ressaltou a importância do espírito de comunhão com a Santa Sé e de colaboração nas relações entre a Igreja e Estado, e neste sentido, lembrou o Acordo-quadro assinado em novembro de 2012, que entrou em vigor em fevereiro de 2013.

Encorajando o episcopado a manter o diálogo social e político sempre aberto, Francisco disse que as Autoridades precisam de seu testemunho de fé e coragem no anúncio dos valores cristãos, para que conheçam a doutrina social da Igreja e se inspirem nela para conduzir os assuntos públicos.

Burundi conheceu, em um passado próximo, conflitos terríveis; o povo ainda está dividido e muitas feridas permanecem abertas. “Somente uma autêntica conversão pode conduzir os homens ao amor fraterno e ao perdão; para que a vida social seja um espaço de fraternidade e justiça, paz e dignidade para todos”.

Viver a conversão com autenticidade e formar bem os seminaristas em quatro aspectos: intelectual, espiritual, humano e pastoral, são outras prioridades apontadas pelo Papa.

Os jovens – escreveu Francisco aos bispos burundineses – devem ter como formadores padres que sejam exemplos de fé e de perfeição sacerdotal; que lhes sejam próximos e compartilhem suas vidas. Hoje em dia, as vocações são frágeis, e este é o único modo para exercer um justo discernimento e evitar erros”.

O Papa relevou ainda a atividade das pessoas consagradas nos campos da educação e da assistência social; e dos leigos, com os seus múltiplos movimentos e associações. Enfim, destacou o papel da juventude – “uma das chaves do futuro num país onde a população se renova rapidamente”. Concluindo, recomendou “que se dê às novas gerações uma autêntica visão da existência, da sociedade e da família”.
(CM)







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