2014-05-05 18:06:10

A Semana do Papa – síntese das principais atividades de 28 de abril a 04 de maio


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Dia 28
Na segunda-feira dia 28, dia seguinte ao domingo da Divina Misericórdia em que foram canonizados os Papas João XXIII e João Paulo II, o Papa Francisco reuniu-se com o Conselho de Cardeais que mantiveram encontros de trabalho de 28 a 30 de abril. Tratou-se da quarta reunião do Papa com este Conselho de Cardeais por ele nomeado em abril de 2013 para o aconselharem, na redação de uma nova constituição para a Cúria Romana. Participaram todos os membros: o hondurenho Oscar Rodriguez Maradiaga, coordenador; o italiano Giuseppe Bertello; o chileno Francisco Errazuriz Ossa; o indiano Oswaldo Gracias, o alemão Reinhard Marx, o congolês Laurent Monsengwo Pasinya, o norte-americano Sean O’Malley e o australiano George Pell. Com eles esteve o secretário, o bispo de Albano, D. Marcello Smeraro.
Também na segunda-feira dia 28 o Papa Francisco recebeu em audiência os reis de Espanha, Juan Carlos e Sofia acompanhados pela comitiva oficial presente em Roma para celebrar os novos Papas Santos.

Dia 30
Na quarta-feira, dia 30 de abril, o Papa Francisco na audiência geral na Praça de S. Pedro propôs uma catequese sobre o dom do intelecto que é, verdadeiramente, uma graça do Espírito Santo:
“ ... como sugere a própria palavra, o intelecto permite ‘intus leggere’, ou seja, de ler dentro, e este dom faz-nos entender as coisas como as entende Deus, com a inteligência de Deus...”
O próprio Jesus – continuou o Santo Padre – prometeu-nos que o Espírito Santo havia de nos recordar os seus ensinamentos e guiar-nos para a verdade total. Para sabermos como isto se realiza, vale a pena recordar o que sucedeu com os dois discípulos a caminho de Emaús – destacou o Papa: à medida que iam ouvindo Jesus explicar-lhes nas Escrituras que Ele devia sofrer e morrer para depois ressuscitar, a mente deles abriu-se e recendeu-se a esperança nos seus corações. É precisamente o que o Espírito Santo faz num cristão com o dom do entendimento: abre uma brecha na obscuridade da nossa inteligência e do nosso coração e faz de nós verdadeiros crentes, capazes de saborearmos tudo aquilo que o Senhor nos revela na sua Palavra e de nos alegrarmos com tudo aquilo que Ele opera na nossa vida.
“...que o Senhor nos dê este dom para entender as coisas que acontecem como Ele as entende e sobretudo para compreender a Palavra de Deus no Evangelho.”

Dia 2
Na manhã do dia 2 de maio o Papa Francisco esteve com os membros do recém-criado Conselho para a Economia e pediu-lhes transparência e eficiência na ação que agora iniciam. Esteve também na sexta dia 2 com o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos:
Relativamente à audiência ao Presidente José Eduardo dos Santos, o comunicado oficial entretanto divulgado refere que o mesmo se encontrou, sucessivamente com o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, acompanhado por Dom Domenique Mamberti, Secretário para as Relações com os Estados.
“Durante os cordiais colóquios foram evocadas as boas relações existentes entre a Santa Sé e a República de Angola. Falou-se, de modo particular, do projecto de Acordo bilateral relativo ao estatuto jurídico da Igreja Católica no País. Nesse contexto, não se deixou de fazer referência ao importante contributo que a Igreja católica oferece ao país com as suas instituições de carácter educativo e sanitário.
Por fim, foram passados em resenha alguns desafios que dizem respeito ao País e à Região, tais como a luta contra a pobreza e contra as desigualdades sociais, o desenvolvimento integral da pessoa, a reconciliação, a justiça e a paz, com particular atenção às diversas situações de conflito que envolvem o Continente.”
Na missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que chorou pelos cristãos que foram recentemente crucificados considerando que há pessoas que ainda matam em nome de Deus. Para consolidar a sua mensagem da homilia apresentou três ícones de interpretação das leituras do dia:
“Primeiro ícone: Jesus com a gente, o amor, o caminho que Ele nos ensinou, no qual devemos andar. Segundo ícone: a hipocrisia destes dirigentes religiosos, que tinham aprisionado o povo com todos estes mandamentos, com esta legalidade fria, dura e que pagaram para esconderem a verdade. Terceiro ícone: a alegria dos mártires cristãos, a alegria de tantos irmãos e irmãs nossos que na história sentiram esta alegria, este agrado de serem julgados dignos de suportarem ultrajes em nome de Jesus. E hoje há tantos! Pensai que em alguns países, apenas por levar o Evangelho, vais para a prisão. Tu não podes levar uma cruz: fazem-te pagar uma multa. Mas o coração está feliz. Os três ícones: olhemo-los, hoje. É parte da nossa história da salvação.”

Dia 3
No sábado dia 3 de maio o Papa Francisco recebeu os bispos do Sri Lanka que vieram a Roma em visita “ad limina apostolorum” e disse-lhes que é fundamental na missão da Igreja no país, o anúncio do Evangelho, o contributo para a reconciliação e reconstrução nacional, a ação caritativa, o diálogo inter-religioso e ecuménico e a pastoral da família.
No final da manhã de sábado dia 3 o Papa Francisco recebeu em audiência na Sala Paolo VI milhares de membros da Ação Católica Italiana, na conclusão da 15.a Assembleia nacional subordinada ao tema “Pessoas novas em Cristo Jesus, corresponsáveis da alegria de viver”. O Santo Padre apresentou-lhes três verbos que podem constituir uma orientação no caminho da vida: permanecer, caminhar e alegrar-se.

Dia 4
No dia 4 domingo no “Regina Caeli” ao meio-dia na Praça de S. Pedro o Papa Francisco, na tradicional alocução antes da oração mariana deste tempo pascal, em primeiro lugar evocou, com preocupação, as tensões que se vivem na Ucrânia:
Rezo convosco pelas vítimas destes dias, pedindo que o Senhor infunda nos corações de todos sentimentos de pacificação e de fraternidade”.
Estendendo o seu olhar também ao Afeganistão, o Papa recordou os defuntos vítimas do enorme desabamento ocorrido há dias numa aldeia do país.
“Deus omnipotente, que conhece o nome de cada um deles, acolha todos na sua paz; e dê aos sobreviventes a força para prosseguirem, com o apoio de todos os que se esforçam por aliviar os seus sofrimentos”.
Relativamente ao Evangelho deste domingo, evocando o episódio dos dois discípulos desiludidos que recobram a fé e a esperança, observou o Papa:
“A estrada de Emaús torna-se assim símbolo do nosso caminho de fé: as Escrituras e a Eucaristia são os elementos indispensáveis para o encontro com o Senhor”.
Também nós muitas vezes chegamos à Missa dominical com as nossas preocupações, dificuldades e desilusões. E encontramos na liturgia da Palavra Jesus que nos explica as Escrituras e reacende nos nossos corações o calor da fé e da esperança. E na liturgia eucarística, Jesus doa-se a Si mesmo, Pão da vida eterna.
“Há sempre uma Palavra de Deus que nos orienta depois dos nossos extravios. E através dos nossos cansaços e desilusões, há sempre um Pão partilhado que nos faz prosseguir no caminho” - concluiu. (RS)









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