2014-05-03 13:51:21

“As religiões no mundo global”, tema do festival das religiões em Florença.


Florença (RV) - O Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação pelas Igrejas Orientais, na mesa redonda, falou sobre o tema: “As religiões no mundo global” no Festival das religiões, em Florença, neste sábado, dia 3 de maio.

Eu quis levar a sério o título deste festival das religiões “Encontrando-nos naquilo que nos divide”: é correto e respeitoso dizer, que não estamos aqui para ouvir de três vozes diferentes que “no fundo é tudo igual”, e que as diferenças são frutos de diversas evoluções históricas, problemas de linguagem ou expressões humanas.

Como cristão, sei bem que a minha afirmação batismal “Creio que Deus é Uno e Trino, e que Jesus Cristo é filho de Deus, que foi Crucificado, Morto e Ressuscitado” há algo incompatível com as afirmações do Alcorão que negam a divindade de Jesus e afirmam que Ele não foi morto na cruz. E também sei que a Encarnação de Jesus e a Paixão de Jesus, ainda hoje como nos tempos de Paulo aos Coríntios, continuam sendo uma “loucura”: “nós ao invés anunciamos Cristo crucificado: escândalo para os judeus e loucura para os pagãos”.

“Juntos devemos mostrar, com respeito recíproco e solidariedade, que somos membros de uma única família: a família de Deus que amou e reuniu desde a criação do mundo até o fim da história humana”, Bento XVI, em audiência aos participantes do Fórum Católico – Mulçumano, em 2008.

O festival que Florença está vivendo neste dia é uma primeira resposta ao nosso Painel “As religiões no mundo global”: uma presença no tecido da sociedade, que sabe ser fermento: é este o desejo dos cristãos do Oriente e do Ocidente.

Viver um “festival das religiões” significa admitir o papel público das religiões e juntos perguntar qual o contributo específico da construção do bem comum.

Na sociedade global do tudo e do imediato, os cristãos sabem de suas inquietações e dos desejos de seus corações. Conseguem forças nos Sacramentos, na palavra, e sabem que o caminho para expandir os desejos é a caridade, porque nos leva para fora de nós mesmos para encontrar e servir o outro, como Cristo fez.

Finalizou Dom Leonardo Sandri, “permitam-me um pensamento da inquietação dos povos e dos fiéis que a Congregação pelas Igrejas Orientais segue em nome do Santo Padre: são inquietos sim, mas desejam uma pátria e a consideramos em paz e finalmente capaz de viver como família reconciliada. Junto a elas esperamos que possa tornar-se realidade já nesta vida terrena. Na Síria, Egito, Iraque, Líbano, Eritréia e na Ucrânia.

(JO)








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