2014-05-02 13:39:06

Santa missa em Santa Marta: "Choro pelos cristãos crucificados"


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu à Santa Missa, na manhã desta sexta-feira, na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano.

Em sua homilia, o Pontífice meditou sobre a liturgia do dia, resumindo-a em três ícones: amor de Jesus pelas pessoas, o ciúmes das autoridades religiosas da época e o padecimento em nome de Jesus.

Explicando o primeiro ícone, o Papa deteve-se sobre o amor e a atenção de Jesus com as pessoas. Ele não se preocupava com a quantidade dos que o seguiam, se eram muitos ou poucos... e, por conseguinte, não se preocupava se a Igreja aumentava ou não. Ele, simplesmente, pregava, amava, rezava, acompanhava, caminhava com as pessoas, manso e humilde. A todos os que o seguiam, o Senhor falava mediante a força do amor.

O segundo ícone, apresentado pelo Bispo de Roma, refere-se aos ciúmes das autoridades religiosas do seu tempo, que não toleravam que as pessoas seguissem Jesus. Eram ciumentos e invejosos. Tanto é verdade que até pagaram os guardas para dizer que os Apóstolos haviam roubado o corpo de Jesus do sepulcro. E o Papa explicou:

Ele pagaram para calar a verdade. Mas, eram perversos! Pagar para esconder a verdade consiste em uma grande perversidade. As pessoas sabiam quem eles eram e não os seguiam. Elas apenas toleravam a sua autoridade: autoridade de culto, de disciplina eclesiástica e sobre o próprio povo. Enfim, não toleravam a mansidão de Jesus, do Evangelho, do amor. Por isso, pagavam por ter inveja e ódio”.

O último ícone apresentado pelo Pontífice, com base na liturgia do dia, consiste na alegria daqueles que são submetidos a ultrajes por causa do nome de Jesus. Aqui, o Papa Francisco confessou ter até chorado diante da notícia veiculada pela mídia, sobre a crucificação de cristãos em um país não-cristão, dias atrás:

“Primeiro ícone: Jesus com as pessoas, o amor, o caminho que Ele nos ensinou e no qual devemos caminhar. Segundo ícone: a hipocrisia destes dirigentes religiosos do povo, que haviam aprisionado o povo com tantos mandamentos, com este legalismo frio, duro, e que também pagaram para esconder a verdade. Terceiro ícone: a alegria dos mártires cristãos, a alegria de tantos irmãos e irmãs nossos que na história experimentaram esta alegria, esta alegria de serem julgados dignos de sofrerem ultrajes por causa do nome de Jesus. E hoje existem tantos! Pensem que em alguns países, somente por carregar uma Bíblia se vai prá prisão. Tu não podes usar um crucifixo, te farão pagar uma multa. Mas o coração está alegre. Os três ícones: olhemos para eles, hoje. Faz parte da nossa história da salvação”.
(MT)









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