2014-05-02 19:49:02

Francisco ao Conselho para a Economia: gerir os bens da Igreja com transparência e atenção aos pobres


Cidade do Vaticano (RV) - Nas várias administrações da Santa Sé deve ser criada uma nova mentalidade de serviço evangélico, é um desafio que requer determinação, fidelidade e prudência. Foram os votos expressos pelo Papa Francisco em sua saudação, na manhã desta sexta-feira, aos 15 membros do Conselho para a Economia, que nesta data se reuniram pela primeira vez, e aos quais o Papa reconheceu um papel importante na reforma da Cúria.

Por sua vez, o coordenador do Conselho, Cardeal Reinhard Marx, ao abrir os trabalhos ressaltou que a finalidade de uma administração transparente e crível é a "Evangelização e serviço aos últimos".

"Agradeço a vocês pelo trabalho que fazem e farão, precisamos dele", disse o Pontífice, recordando a criação, em 24 de fevereiro, do Conselho para a Economia, com o Motu proprio Fidelis dispensator et prudens, documento que ressalta a relevante missão do Conselho:

"A consciência da Igreja sobre a sua responsabilidade de tutelar e gerir com atenção os próprios bens à luz de sua missão de evangelização com particular solicitude para com os necessitados."

Portanto, acrescentou Francisco, "transparência, eficiência", tudo tem como finalidade esse objetivo, como pouco antes esclarecera o Cardeal Marx falando de uma administração moderna e eficiente que "corresponda, porém, também aos critérios do magistério social da Igreja Católica e aos padrões éticos". As mudanças, continuou o Santo Padre, refletirão "o desejo de realizar a necessária reforma da Cúria Romana para melhor servir à Igreja e à missão de Pedro":

"Esse é um notável desafio que requer fidelidade e prudência; 'Fidelis dispensator et prudens'. O percurso não será simples e requer coragem e determinação. Nas várias administrações da Santa Sé deve ser criada uma nova mentalidade de serviço evangélico."

Em seguida, o Papa voltou ao papel específico do Conselho, que, em estreita relação com a Secretaria para a Economia, é considerado "significativo no processo de reforma da Cúria Romana":

"Tem a finalidade de supervisionar a gestão econômica e de vigiar as estruturas e atividades administrativas e financeiras destas administrações."

No Conselho, concluiu o Santo Padre, toda a Igreja está representada: nos 8 cardeais as várias Igrejas particulares, e nos 7 leigos, "membros efetivamente, e não de segunda classe", quis ressaltar Francisco, "as várias partes do mundo".

Também aí está a novidade do modo de trabalhar do Conselho para a Economia, como explicou o Cardeal Marx:

"Juntos com iguais direitos", um especialista internacional e um cardeal, disse, "sempre sentados lado a lado" e não uma frente compacta de uns ou dos outros. Creio que seja a primeira vez na instituição de um comitê, frisou o purpurado, e "creio que isso nos tenha ajudado a iniciar um bom diálogo". (RL)







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