2014-04-30 17:51:39

O papel dos leigos na Igreja. Tema do livro do Cardeal Arinze, publicado pela LEV


Cidade do Vaticano – Será apresentado no Instituto Patrístico Augustinianum, na próxima segunda-feira, 5 de maio, o livro “O papel distintivo dos leigos”, um manual sobre o papel dos fiéis leigos na Igreja e no mundo, escrito pelo Cardeal Francis Arinze, Prefeito Emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, publicado pela Livraria Editora Vaticana (LEV). Junto ao autor, participarão o Cardeal Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos e Vania de Luca, vaticanista da Rainews 24.

Nos 12 capítulos do livro, o Cardeal Arinze concentra-se no que é distintivo no apostolado dos fiéis leigos, que “formam 99,9% da Igreja”. A obra inicia-se com algumas reflexões sobre o chamado ao apostolado de cada batizado, a natureza do apostolado dos leigos e as várias formas em que este pode ser expresso. Mas a mensagem central da obra reside na resposta à interrogação: “O que tem de tão particular no apostolado dos leigos que o distingue do apostolado do clero e dos religiosos?”.

O Cardeal Arinze repassa assim uma série de documentos sobre os leigos, a partir do Concílio Vaticano II, com a Constituição pastoral Gaudium et Spes, a Constituição dogmática Lumen gentium e o Decreto sobre o apostolato dos leigos Apostolicam actuositatem. Seguem a Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi de Paulo VI e o Christifideles laici de João Paulo II, além de diversos pronunciamentos de Bento XVI.

O autor trata posteriormente, das razões mais urgentes para a ação dos leigos, da exclusão de Deus da vida da sociedade à defesa do matrimônio e da família, da evangelização da política à imagem do Evangelho presente nas mídias de massa. “Como os leigos estão contribuindo para o tecido social de modo que a vida na sociedade seja o mais próximo possível ao ideal do Evangelho?”, pergunta o purpurado. “Os leigos fazem alguma coisa quando se dão conta que a mídia apresenta as posições católicas sobre o matrimônio, a defesa do nascituro e a importância da religião na formação como antiquada e conservadora?”

O Cardeal se concentra então, nos resultados obtidos por algumas iniciativas levadas a cabo em diversos países, fornecendo argumentos para superar as hesitações em relação ao empenho ativo dos leigos, que frequentemente tem origem no erro de “identificar a Igreja com o clero e considerar a missão da Igreja coincidente com o apostolado do clero”.

O autor observa, a este propósito, que na Igreja “existem diversos papeis e ministérios” e todos são “necessários e complementares”, e sobre cada coisa recai uma certeza: “A missão específica do fiel leigo é de levar o espírito de Cristo nas várias esferas da ordem secular”. (JE)









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