2014-04-30 16:46:07

Card. Mueller: doutrina de Ratzinger ensina a olhar o Sínodo dos Bispos


Cidade do Vaticano (RV) – “O ensinamento de Bento XVI constituiu um precioso patrimônio para a Igreja, que não pode ser arquivado com o fim de seu pontificado”. “Trata-se de uma riqueza doutrinal à qual, se de um lado já é universalmente conhecida e estimada, de outro espera ainda a ser descoberta na sua plenitude e profundidade. Tal doutrina, de fato, nasce de uma inteligência e de um coração que são propensos no valorizar e servir à Igreja, guiados por um grande amor pela verdade”. Foi o que afirmou o Cardeal Gehrard Mueller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, durante um pronunciamento em um Simpósio promovido pelo L’Osservatore Romano.

“A doutrina – explicou o Card. Mueller – longe de opor-se à vida e à práxis, tem exatamente o objetivo de custodiar os conteúdos e a identidade que a vida nos dá, para evitar que cada realidade decisiva para o homem se afogue no mar do indistinto e do provisório, ou seja instrumentalizada pela mera utilidade ou por interesses de partes”.

“Às vezes – observou o purpurado – a um olhar superficial, uma prática de governo plasmada segundo modelos essencialmente políticos, poderia parecer facilitar em muito as coisas, e quem é acostumado ao uso do poder, tende frequentemente a inclinar-se para esta direção, talvez inconscientemente. Desta forma, no entanto, não seríamos fiéis à própria natureza daquilo que Deus quis realizar com a Igreja e com a sua origem “do alto”. Este fato requer então, o uso de uma extrema cautela na modulação de cada instituição eclesial”.

“A este nível – sublinhou – a imagem de Cristo Bom Pastor é insuperável”, “governar na Igreja é antes de tudo exercitar o poder de acolher e de oferecer aos homens a vida boa que vem de Deus” e de custodiar como todos os meios esta vida: é a missão de “apascentar o rebanho”.

Citando Ratzinger, Mueller recordou que “Jesus é o Pastor Supremo da Igreja e é em seu nome e mandato que nós temos o cuidado em custodiar o seu rebanho com plena disponibilidade, até o dom total da nossa existência”. Assim, evidenciou, “à diferença dos normais pastores, Jesus Cristo não vive nas costas do rebanho e não se nutre deste, mas ele mesmo “nos nutre com a sua carne e o seu sangue”. “Esta – explicou o Card. Mueller – é a insistência e a perspectiva do magistério eclesial que podemos encontrar tanto no ensinamento de Bento XVI como no de Francisco, o qual sublinha em continuidade este ponto” e “é também a perspectiva na qual somos convidados a olhar o Sínodo dos Bispos”. (JE)









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