Trabalhadores cristãos denunciam precariedade no emprego e na família
Lisboa (RV) – O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) divulga
uma mensagem para o 1º de maio deste ano, Dia do Trabalho, denunciando a “precariedade
no emprego e na família”.
“Neste 1º de maio, o MMTC denuncia a situação de
precariedade em que vivem os trabalhadores do mundo e defende o direito das pessoas
e das famílias a ter o salário ou o rendimento básico que lhes permita viver com dignidade”,
explica o documento, publicado pela Agência Ecclesia.
O movimento alerta para
a situação do desemprego, os baixos salários, a insegurança e as demissões em massa,
que oprimem o povo trabalhador em vários países.
Nesta mensagem para o Dia
do Trabalho, o MMTC denuncia a exploração e a ameaça de morte em que vivem os trabalhadores
rurais na Guatemala e o índice de desemprego e as condições laborais precárias de
países como o Haiti, Nicarágua, República Dominicana, El Salvador, assim como na América
do Sul e na Europa, como é o caso de Espanha, Portugal e Grécia.
O aumento
da exploração das crianças trabalhadoras em Ruanda, Índia e México, a violência intrafamiliar
e o assassínio de mulheres que se verifica, por exemplo, na Nicarágua, Peru e Paquistão
e a atividade mineira irresponsável em grande parte dos países da América Central,
Caribe, África, que destrói o ambiente das famílias rurais, a vida do planeta e a
saúde das populações, são outras das denúncias.
“Observamos como cada dia e
a nível mundial os direitos humanos e sociais do povo são anulados pelo egoísmo e
a avareza de poucos”, sublinha a nota.
Segundo o MMTC, estas situações de desigualdade,
de pobreza e de injustiça revelam “não só uma profunda falta de fraternidade”, como
também “a ausência de uma cultura de solidariedade”.
Os trabalhadores cristãos
lembram ainda que a Doutrina Social da Igreja destaca que os direitos dos trabalhadores
são direitos “humanizantes” que facilitam o crescimento das pessoas e o seu desenvolvimento
com o objetivo de “alcançar os seus próprios fins transcendentes”, destacando entre
eles “o salário justo e suficiente para a família”.
O MMTC deixa nesta mensagem
a garantia do compromisso em “fortalecer o reino de Jesus de Nazaré”, o que significa
“defender e expandir, tanto na sociedade como na Igreja, uma nova mentalidade para
mudar o atual modelo econômico e social para um novo modelo que esteja ao serviço
das pessoas”.
O MMTC foi criado em 1966 e reúne mais de 70 organizações espalhadas
por quatro continentes. (CM)