2014-04-29 13:17:49

Trabalhadores cristãos denunciam precariedade no emprego e na família


Lisboa (RV) – O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) divulga uma mensagem para o 1º de maio deste ano, Dia do Trabalho, denunciando a “precariedade no emprego e na família”.

“Neste 1º de maio, o MMTC denuncia a situação de precariedade em que vivem os trabalhadores do mundo e defende o direito das pessoas e das famílias a ter o salário ou o rendimento básico que lhes permita viver com dignidade”, explica o documento, publicado pela Agência Ecclesia.

O movimento alerta para a situação do desemprego, os baixos salários, a insegurança e as demissões em massa, que oprimem o povo trabalhador em vários países.

Nesta mensagem para o Dia do Trabalho, o MMTC denuncia a exploração e a ameaça de morte em que vivem os trabalhadores rurais na Guatemala e o índice de desemprego e as condições laborais precárias de países como o Haiti, Nicarágua, República Dominicana, El Salvador, assim como na América do Sul e na Europa, como é o caso de Espanha, Portugal e Grécia.

O aumento da exploração das crianças trabalhadoras em Ruanda, Índia e México, a violência intrafamiliar e o assassínio de mulheres que se verifica, por exemplo, na Nicarágua, Peru e Paquistão e a atividade mineira irresponsável em grande parte dos países da América Central, Caribe, África, que destrói o ambiente das famílias rurais, a vida do planeta e a saúde das populações, são outras das denúncias.

“Observamos como cada dia e a nível mundial os direitos humanos e sociais do povo são anulados pelo egoísmo e a avareza de poucos”, sublinha a nota.

Segundo o MMTC, estas situações de desigualdade, de pobreza e de injustiça revelam “não só uma profunda falta de fraternidade”, como também “a ausência de uma cultura de solidariedade”.

Os trabalhadores cristãos lembram ainda que a Doutrina Social da Igreja destaca que os direitos dos trabalhadores são direitos “humanizantes” que facilitam o crescimento das pessoas e o seu desenvolvimento com o objetivo de “alcançar os seus próprios fins transcendentes”, destacando entre eles “o salário justo e suficiente para a família”.

O MMTC deixa nesta mensagem a garantia do compromisso em “fortalecer o reino de Jesus de Nazaré”, o que significa “defender e expandir, tanto na sociedade como na Igreja, uma nova mentalidade para mudar o atual modelo econômico e social para um novo modelo que esteja ao serviço das pessoas”.

O MMTC foi criado em 1966 e reúne mais de 70 organizações espalhadas por quatro continentes.
(CM)







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