A alegria de Maria, fiel na esperança, fonte de paz e misericórdia: Papa, segunda
ao meio-dia, na praça de São Pedro
“Cristo ressuscitou!
Aleluia!” – esta a simples mensagem pascal ontem mandada pelo Papa Francisco com um
tweet da sua conta @Pontifex aos milhões de seguidores. Nesta segunda-feira de Páscoa,
idêntica mensagem tweet: “Todo o encontro com Jesus nos enche de alegria, daquela
alegria profunda que só Deus nos pode dar.” Sendo feriado em Itália (como em muitos
outros países europeus), o Santo Padre acolheu ao meio-dia, na Praça de São Pedro,
os romanos e peregrinos que ali se quiseram congregar para com ele rezarem a Nossa
Senhora, com o oração do “Regina Coeli”, que durante o Tempo Pascal substitui o tradicional
Angelus. Cari fratelli e sorelle, buona Pasqua! “Cristòs anèsti! – Alethos anèsti!
Cristo è risorto! È veramente risorto!” O Papa começou a sua alocução saudando
os presentes com votos de Páscoa, também em grego, segundo a fórmula usada tradicionalmente
pelos cristãos do oriente: Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente! Papa
Francisco mencionou “a alegria cheia de admiração” que transparece nas narrativas
dos Evangelhos, como o sentimento predominante vivido pelos discípulos ao receber
a notícia da Ressurreição do Senhor. E convidou a deixar “que esta experiência, impressa
no Evangelho, se imprima também nos nossos corações e transparece na nossa vida”. “Deixemos
que a jubilosa admiração do Domingo de Páscoa irradie nos pensamentos, nos olhares,
nas atitudes, nos gestos e nas palavras…” Mas não se trata de simples maquilhagem,
só aparente - advertiu o Papa. É algo que vem de dentro… “Vem de dentro, de um
coração imerso na fonte desta alegria, como o de Maria Madalena, que chorou pela perda
do seu Senhor e não acreditava nos seus olhos vendo-o ressuscitado”. Quem faz esta
experiência torna-se testemunha da Ressurreição, porque num certo sentido ressuscita
também. E então é capaz de levar um “raio” da luz do Ressuscitado às diversas situações
humanas, felizes (tornando-as ainda mais belas) ou infelizes (levando aí serenidade
e esperança). “Far-nos-á bem, nesta Semana, pensar à alegria de Maria, a Mãe de
Jesus. Como foi íntimo o seu sofrimento, ao ponto de trespassar a sua alma, assim
também foi íntima e profunda a sua alegria e nela se podiam abastecer os discípulos.” “Tendo
passado através da experiência da morte e ressurreição do seu Filho – vistas, na fé,
como expressão suprema do amor de Deus – o coração de Maria tornou-se manancial de
paz, de consolação, de esperança, de misericórdia”. “É daqui que derivam todas
as prerrogativas da nossa Mãe: da sua participação na Páscoa de Jesus. Num certo sentido,
também ela morreu com Ele; e com Ele resuscitou” “De Sexta até à manhã de Domingo,
Ela não perdeu a esperança: contemplamo-la como a Senhora das Dores, mas ao mesmo
tempo como Mãe cheia de esperança. É por isso que é a Mãe de todos os discípulos,
Mãe da Igreja.” O Papa concluiu a sua introdução ao canto do Regina Coeli, convidando
a pedir a Maria, “testemunha silenciosa da morte e da ressurreição de Jesus”, que
nos introduza na alegria pascal. Após a recitação do Regina Coeli, o Papa Francisco,
saudando todos os peregrinos e a todos fazendo votos de que cada um possa viver na
alegria e na serenidade este tempo em que se prolonga a alegria da Ressurreição. A
concluir, o Papa sugeriu que ao longo desta semana pascal, cada um, em casa, pegue
nos Evangelhos para ler e meditar os textos referentes às manifestações do Senhor
ressuscitado… E a todos desejou uma boa refeição…