115 das 129 alunas raptadas na Nigéria ainda nas mãos dos raptores. UNICEF indigna-se
e pede a sua libertação
Na Nigéria a Directora do Liceu público de Chibok desmentiu a notícia segundo a qual
115 das 129 meninas raptadas segunda-feira à noite por homens armados teriam sido
libertadas. A senhora Kwambura disse à agencia France Press que as “informações fornecidas
pelo Exercito são falsas”. Ela confirmou, pelo contrário, quando dito pelo Governador
do Estado de Borno (onde ocorreu o rapto), segundo o qual apenas 14 meninas já estão
em liberdade.
Esse rapto de alunas, que aconteceu segunda-feira à noite está
a causar grande indignação nos meios internacionais.
O UNICEF condenou ontem
duramente o rapto e pediu libertação das 129 meninas. O Fundo das Nações Unidas para
a Infância declara-se fortemente preocupado com o crescente número de ataques contra
escolas na Nigéria. No mês de Fevereiro – recorda - homens armados não identificados
assassinaram 53 crianças, de 13 a 17 anos, num Colégio do Governo Federal, na cidade
de Buni Yadi, no Estado de Yobe”
Estes actos brutais de violência são inaceitáveis
– escreve o UNICEF num comunicado. Os ataques às escolas constituem uma negação do
direito das crianças à educação num ambiente seguro, e são uma ameaça ao seu futuro.
Onde quer que aconteça, o rapto de crianças é um crime e, conforme as leis internacionais,
é ilegal” – lê-se no comunicado do UNICEF.
O ataque de segunda-feira à noite
na escola de Chibok (nordeste do país) aconteceu pouco depois de mais de 70 pessoas
terem sido mortas num ataque à bomba na estação de autocarros na vizinha localidade
de Nyanyan, perto da capital Abuja, onde outras 141 pessoas ficaram feridas.
O
UNICEF exprimiu a sua profunda solidariedade para com todas as comunidades atingidas
por estes terríveis acontecimentos e diz-se próxima das famílias das crianças raptadas.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância pede um esforço ainda maior para a protecção
das crianças em toda a Nigéria. O governo nigeriano – escreve no comunicado – “deveria
assegurar-se rapidamente de que todas as crianças sejam restituídas, sãs, aos seus
familiares e que possam continuar a ser instruídas num ambiente seguro”
Foto
1 - Alunos nigerianos em Abuja Foto 2 - Uma criança sobrevivida ao ataque na
estação de autocarros