2014-04-17 15:09:20

115 das 129 alunas raptadas na Nigéria ainda nas mãos dos raptores. UNICEF indigna-se e pede a sua libertação


Na Nigéria a Directora do Liceu público de Chibok desmentiu a notícia segundo a qual 115 das 129 meninas raptadas segunda-feira à noite por homens armados teriam sido libertadas. A senhora Kwambura disse à agencia France Press que as “informações fornecidas pelo Exercito são falsas”. Ela confirmou, pelo contrário, quando dito pelo Governador do Estado de Borno (onde ocorreu o rapto), segundo o qual apenas 14 meninas já estão em liberdade.

Esse rapto de alunas, que aconteceu segunda-feira à noite está a causar grande indignação nos meios internacionais.

O UNICEF condenou ontem duramente o rapto e pediu libertação das 129 meninas. O Fundo das Nações Unidas para a Infância declara-se fortemente preocupado com o crescente número de ataques contra escolas na Nigéria. No mês de Fevereiro – recorda - homens armados não identificados assassinaram 53 crianças, de 13 a 17 anos, num Colégio do Governo Federal, na cidade de Buni Yadi, no Estado de Yobe”

Estes actos brutais de violência são inaceitáveis – escreve o UNICEF num comunicado. Os ataques às escolas constituem uma negação do direito das crianças à educação num ambiente seguro, e são uma ameaça ao seu futuro. Onde quer que aconteça, o rapto de crianças é um crime e, conforme as leis internacionais, é ilegal” – lê-se no comunicado do UNICEF.

O ataque de segunda-feira à noite na escola de Chibok (nordeste do país) aconteceu pouco depois de mais de 70 pessoas terem sido mortas num ataque à bomba na estação de autocarros na vizinha localidade de Nyanyan, perto da capital Abuja, onde outras 141 pessoas ficaram feridas.

O UNICEF exprimiu a sua profunda solidariedade para com todas as comunidades atingidas por estes terríveis acontecimentos e diz-se próxima das famílias das crianças raptadas. O Fundo das Nações Unidas para a Infância pede um esforço ainda maior para a protecção das crianças em toda a Nigéria. O governo nigeriano – escreve no comunicado – “deveria assegurar-se rapidamente de que todas as crianças sejam restituídas, sãs, aos seus familiares e que possam continuar a ser instruídas num ambiente seguro”

Foto 1 - Alunos nigerianos em Abuja
Foto 2 - Uma criança sobrevivida ao ataque na estação de autocarros









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