Francisco: "líder comunicativo global", "exemplo de coerência".
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco se impõe como um líder na comunicação
mundial pela sua capacidade em criar eventos comunicativos, relações pessoais diretas
e revolucionárias, atraindo com a coerência de um testemunho de vida envolvente e
fascinante. Assim o Diretor responsável pela Rai Vaticano, Massimo Milone, analisa
o “fenômeno comunicativo” Bergoglio, no livro “Pronto? Sono Francesco. O Papa e a
revolução comunicativa um ano depois”, publicado pela Editora Livraria Vaticano (LEV).
O
autor percorre as etapas de um diálogo que Bergoglio abriu ao mundo da mídia, para
lançar, não somente uma mensagem de fé, mas também uma profunda mensagem de educação.
A obra comenta as mais significativas intervenções diretas e ligadas ao tema da mídia
e da comunicação do Papa, que rompeu também neste campo, esquemas consolidados. Da
audiência que reservou aos jornalistas e aos agentes de comunicação na Sala Paulo
VI em 16 de março de 2013 até a incomum entrevista ao jornal “Corriere della Sera”
por ocasião do seu primeiro ano de pontificado, passando por outras incursões diretas
no mundo da comunicação, como a já célebre entrevista com o fundador do “La Reppublica”,
Eugenio Scalfari, expoente do mundo laico, e a longa coletiva de imprensa no avião,
ao retornar da JMJ no Rio de Janeiro, onde tratou de coração aberto, de diversos temas.
O Papa Francisco fala todos os dias ao mundo – explicou Milone – que sobre
‘tudo e todos’ existe a dignidade da pessoa com o seu direito inalienável à verdade
e acredita em uma comunicação entendida como serviço de público interesse destinado
a estimular o agir livre dos cidadãos. Um estímulo que interroga profundamente os
agentes de comunicação, católicos e não só, os quais, particularmente no campo televisivo
e também em tempos de internet, não devem ter medo de recuperar todo o sentido do
valor formativo da profissão.
Milone escreve, que na reflexão sobre a contribuição
que a informação pode dar à justiça, à verdade, ao respeito e à dignidade do homem,
Bergoglio dá pistas e mostra caminhos a serem seguidos, úteis a quem queira desenvolver
com responsabilidade o trabalho de informação.
Ele encoraja, suave e incansavelmente,
para não se esmorecer no cumprimento dos empenhos, mas, ao contrário, mas sim, para
entregar-se plenamente na construção da convivência e da compreensão mútua para desarmar
pela raiz os contrastes e os conflitos sociais. (JE)