2014-04-10 17:58:12

Card. Filoni conclui Simpósio dedicado à América, continente rico de esperança e de contradições


Cidade do Vaticano (RV) - O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, encerrou nesta quarta feira os trabalhos do Simpósio internacional "Ouvindo a América: encontros entre povos, culturas, religiões; caminhos para o futuro", realizado em Roma, de 7 a 9 do corrente, na Pontifícia Universidade Urbaniana.

"Três dias intensos para ouvir com atenção um continente plural, rico de esperança e também de contradições. Um continente complexo, habitado por muitos povos e culturas", ressaltou o purpurado também grão-chanceler da Urbaniana.

"Do Norte ao Centro, ao Sul da América – ressaltou –, encontramos um cristianismo de rosto alegre e popular, mas também partícipe, dinâmico, envolvido em situações de injustiça, de opressão do homem, de ameaça à vida humana desde a sua concepção e de destruição do ambiente."

Todavia, a América não é um continente "só cristão", vez que "estão presentes as grandes religiões levadas pelos migrantes, migrantes de fé judaica ou islâmica, e também discípulos das tradições espirituais e religiosas asiáticas; junto a eles existem também massas de pessoas não mais crentes e distantes da experiência religiosa".

Durante o Simpósio "deixamo-nos provocar pela realidade – prosseguiu o Cardeal Filoni – para depois relê-la à luz da fé e da Tradição cristã e, em seguida, buscar caminhos para o agir futuro".

Após reiterar que "a Evangelização é uma missão que diz respeito a todos e que a situação de secularização geral abre novas fronteiras", o prefeito do dicastério missionário recordou o mandato de Aparecia por "uma missão continental que, porém, saiba cruzar as fronteiras do próprio continente americano, e que, ao mesmo tempo, saiba perceber o continente americano de modo novo".

"Hoje a missão e a inculturação se deparam com sociedades semelhantes a um caleidoscópio sempre em movimento – evidenciou o purpurado. Devem preparar-se para uma compreensão de si e do próprio contexto extremamente plural, dinâmico e mutável. Em tudo isso é necessário ter uma clara hierarquia das verdades, e tentar desenhar uma não fragmentada e confusa identidade cristã."

O Cardeal Filoni concluiu com o que definiu ser uma "provocação":

"O que significa, para a América e não somente, o ano 2013 com a eleição a Sucessor de Pedro de um filho, o primeiro, da América? O que significa para a Igreja na América, para a evangelização deste Continente e a partir dele, um tal evento?"

"O que significa a eleição do Papa Francisco para os milhões de migrantes na América, para os afro-americanos, para os índios do Continente, para os jovens, para as mulheres, para a economia, para a cultura, para o esporte, para a ecologia, para os pobres, para as cidades enormes, para os vilarejos, para a história das missões e das revoluções, para as seitas e para a Teologia da Libertação, o que significa e representa a eleição de Bergoglio à Cátedra de Pedro, Bispo de Roma e Vigário de Jesus Cristo?" (RL)







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