O Bispo de Roma precisa do conselho, prudência e experiência de seus coirmãos no episcopado,
diz Francisco
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco nomeou Bispo, nesta terça-feira,
o subsecretário do Sínodo para os Bispos, Mons. Fabio Fabene. Numa carta, o Papa motiva
a nomeação com o desejo de conferir ulterior valor à colegialidade que a instituição
do Sínodo sempre reforçou e difundiu em meio século de existência.
Uma nomeação
querida pelo Santo Padre para tornar "mais manifesto o apreciado serviço" que a Secretaria
Geral do Sínodo dos Bispos oferece "em favor da colegialidade episcopal com o Bispo
de Roma".
Numa longa carta dirigida ao secretário geral do Sínodo dos Bispos,
Cardeal Lorenzo Baldisseri, o Pontífice explica com essas palavras as razões da nomeação
episcopal de Mons. Fabio Fabene.
O Papa elogia a perspicácia de seus predecessores,
em particular, de Paulo VI e João Paulo II, o primeiro por ter criado a instituição
do Sínodo dos Bispos, e o segundo – escreve – por ter reconhecido "o bem enorme que
este faz à Igreja".
"De fato, afirma o Papa Francisco, a extensão e a profundidade
do objetivo dado à instituição sinodal derivam da amplidão inexorável do mistério
e do horizonte da Igreja de Deus, que é comunhão e missão."
"Por isso, se devem
e se podem buscar formas sempre mais profundas e autênticas do exercício da colegialidade
sinodal, para melhor realizar a comunhão eclesial e para promover a sua inexorável
missão."
Portanto, à distância de 50 anos de sua criação, "consciente de que
para o exercício do meu Ministério Petrino é necessário, mais do que nunca, reavivar
ainda mais o laço estreito com todos os Pastores da Igreja, desejo valorizar esta
preciosa herança conciliar" – afirma o Papa –, com a elevação do encargo de subsecretário
do Sínodo dos Bispos à dignidade episcopal.
"Não há dúvida – reconhece Francisco
– de que o Bispo de Roma precisa da presença de seus Coirmãos Bispos, do conselho
e da prudência e experiência deles."
"O Sucessor de Pedro deve sim proclamar
a todos quem é "o Cristo, o Filho do Deus vivo", mas, ao mesmo tempo, deve prestar
atenção àquilo que o Espírito Santo suscita nos lábios daqueles que, acolhendo a palavra
de Jesus que declara: "Tu és Pedro...", participam plenamente do Colégio Apostólico".
O
Papa termina a carta dizendo-se "muito grato àqueles que, com um trabalho generoso,
assíduo e competente, asseguraram, em todos estes anos, que a instituição sinodal
contribuísse para o imprescindível diálogo entre Pedro e seus Coirmãos". (RL)