Vaticano II 50 anos depois: diante de uma cultura que cultiva o individualismo, a
Igreja tem que vigiar
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje deste nosso quadro "Nova Evangelização
e Concílio Vaticano II" concluímos a participação do diretor espiritual do Pontifício
Colégio Pio Brasileiro, Pe. Antônio Reges Brasil, com cuja contribuição contamos nestes
– pelo que muito lhe agradecemos.
Propusemos e Pe. Reges, a seu ver, quais
desafios do Concílio devem ser hoje retomados com mais atenção, ao celebrarmos os
50 anos deste grande evento que se constituiu uma Primavera na vida da Igreja.
Analisando
a caminhada pós-conciliar da Igreja na América Latina, ele destacou, precedentemente,
o desafio da formação e da participação dos leigos, evocando em Puebla (1979) o binômio
"comunhão e participação", como proposta de uma grande convocação de todo o Povo de
Deus para a missão e a vida da Igreja no mundo, dizendo ainda estarmos longe disso,
e que tal desafio supõe um trabalho na Igreja de formação permanente dos leigos.
Junto
a isso, Pe. Reges destacou-nos outro desafio permanente, que ao longo destes anos
pós-conciliares assumimos "dando um passo pra frente, dois pra trás", de sermos fermento
de uma sociedade de justiça e de paz, de não compactuar com a injustiça social, com
a desigualdade, com a marginalização e com a exclusão social.
De fato, o sacerdote
do clero de Pelotas observa que "diante de uma cultura que cultiva o individualismo,
a Igreja não pode dormir, tem que vigiar".
Doutor em Teologia Sistemática,
na edição de hoje Pe. Reges prossegue suas colocações fazendo-nos uma apreciação a
partir de um desenho do famoso cartunista argentino Quino, desenho este que ilustra
esse individualismo e nos interpela sobre a questão do amor ao próximo. Vamos ouvir:
(RL)