Papa recebe os Administradores municipais italianos
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco concluiu sua série de audiências,
na manhã deste sábado, recebendo, na Sala Clementina, no Vaticano, mais de cem representantes
da Associação Nacional dos Municípios italianos.
Em seu discurso, o Santo Padre
agradeceu ao Prefeito de Turim, Piero Fassina, pela sua saudação, como também ao Cardeal
Ennio Antonelli, prefeito emérito do Pontifício Conselho para a Família.
“Como
administradores municipais, - disse o Papa aos presentes – os senhores se sentem próximos
aos mais necessitados e às expectativas dos cidadãos”. Esta proximidade é a palavra-chave
para uma boa política, como para uma boa pastoral. E o Pontífice acrescentou:
“A
política, como serviço, começa precisamente pela proximidade às pessoas e da vida
real. Os senhores, como Prefeitos, podem viver e testemunhar este estilo, a partir
de um conhecimento efetivo da realidade de um determinado território e das suas prioridades.
Pertencendo a um povo, com sua história e identidade próprias, os Administradores
locais buscam realizar um projeto compartilhado, para favorecer a unidade da comunidade.
O bem comum é a estrela polar de todo compromisso em prol da coletividade”.
Neste
sentido, disse o Santo Padre, os Administradores municipais vivem, pessoalmente, a
tensão entre a “globalização e o laicismo”, que não pode ser resolvida com a exclusão
de um destes dois aspectos, mas encarando plenamente os desafios, em nível local,
sem se fechar, mas mantendo vigilante o olhar para a dimensão global. E, falando da
tarefa específica dos Administradores locais, o Papa disse:
“Conciliar as
especificidades e originalidades de cada um dos territórios, construindo pontes e
fortes elos com as instância superiores. Todos os dias, os senhores são chamados a
enfrentar problemas locais e o fazem tendo em vista uma perspectiva mais ampla. Seu
trabalho se torna mais precioso quando os recursos forem poucos. Então, é preciso
ter mais atenção e grande senso de justiça”.
Em suas experiências locais,
concluiu o Pontífice, os senhores deveriam aplicar, com sabedoria, o princípio de
“subsidiariedade e de solidariedade”. O realismo cristão sempre favoreceu o arraigamento
de uma cultura da paz e da justiça. Estas raízes ajudam os homens e as mulheres, a
serem mais responsáveis pela Administração municipal. (MT)