Cidade do Vaticano (RV) – Na recorrência do Dia Mundial do Autismo, o Presidente
do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Dom Zygmunt Zimowski,
dirigiu uma mensagem aos familiares e aos agentes de saúde, onde exprime “a proximidade
e a solicitude de toda a Igreja para esta realidade que vivem as pessoas afetadas”
pelo autismo, e em particular “às famílias que partilham cotidianamente desta experiência”.
No
documento intitulado “A esperança que vem da colaboração e da confiança”, também é
anunciada a realização no Vaticano de 20 a 22 de novembro, da XXIX Conferência Internacional,
organizada pelo Pontifício Conselho, com o tema: “O autismo, doença de muitas faces:
gerar a Esperança”.
Dom Zimowski exortou as famílias “a não extinguirem a esperança”,
reiterando que devemos apoiá-las “para que não se sintam perdidas ou em crise nas
suas relações afetivas”, pois reconhece existir uma “real dificuldade de integração
e de comunicação que passa da pessoa autista a quem entra em contato com ela”.
Para
“combater este estigma” – diz a mensagem – é necessário seguir “um caminho de integração
na comunidade, rompendo o isolamento e as barreiras impostas pela patologia e pelo
preconceito, através do reforço das relações interpessoais”, o que pode ser feito
“com o apoio do compromisso social, com ações sinérgicas no âmbito da cura, da informação,
da comunicação e da formação, favorecendo de tal modo a mudança para uma verdadeira
compreensão e para a aceitação da doença, que nunca nega ou diminui a dignidade de
que é revestida cada pessoa”.
Segundo Dom Zimowski, estes seriam pressupostos
de “uma esperança que não isola nem as pessoas autistas, nem suas famílias”, mas leva
a uma “colaboração e confiança recíproca”.
Em relação à Conferência Internacional
a ser realizada em novembro, o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para
os Agentes de Saúde sublinha que será uma oportunidade para “a comunidade científica,
as famílias e as instituições de formação e de inserção social debaterem e assumirem
compromissos”.
Ao concluir, Dom Zimowski citou a Exortação Apostólica Evangelii
gaudium, onde o Papa Francisco afirma ser “indispensável prestar atenção para
sermos próximos às novas formas de pobreza e de fragilidade nas quais somos chamados
a reconhecer Cristo sofredor, mesmo se isto aparentemente não nos traga vantagens
tangíveis imediatas”. (JE)