Audiência: o matrimônio é o ícone do amor de Deus por nós. Papa recorda a morte de
João Paulo II
Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira é dia de Audiência Geral. Cerca de 50
mil pessoas lotaram a Praça S. Pedro para ouvir o Papa Francisco.
Depois de
fazer o giro da Praça para cumprimentar os fiéis e peregrinos, o Pontífice fez a sua
catequese sobre o Matrimônio, concluindo suas reflexões sobre os Sacramentos.
O
sacramento do Matrimônio nos conduz ao coração do projeto de Deus, que é um projeto
de Aliança com seu povo e de comunhão: fomos criados para amar, como reflexo do Amor
de Deus.
Neste sacramento, Deus faz da união dos esposos – numa só carne –
um sinal do seu amor.
O matrimônio é o ícone do amor de Deus por nós”,
disse o Papa. Também Deus é comunhão. As Três Pessoas da Santíssima Trindade vivem
desde sempre e para sempre em união perfeita.
Ao mesmo tempo, o Matrimônio
é também uma consagração e, por isso, os cônjuges recebem uma missão: o amor entre
os esposos, manifestado nas coisas simples da vida quotidiana, torna visível o amor
com que Cristo ama a Igreja. De fato, o Matrimônio é uma realidade grandiosa, mas
se assenta na fragilidade da condição humana. Diante dos obstáculos e dificuldades
que um casal enfrenta, disse o Papa, o importante é manter vivo o elo com Deus, que
está na base do elo conjugal. “Quando a família reza, o elo se mantém. Rezar um pelo
outro.”
Problemas no trabalho, financeiros, de educação dos filhos podem prejudicar
o relacionamento, causando brigas e desavenças.
Há sempre brigas no casamento.
Algumas vezes voam pratos. Mas não devemos ficar tristes com isso. A condição humana
é assim. O segredo é que o amor é mais forte do momento em que se briga. Por isso,
aconselho os esposos sempre: não terminem o dia em que brigaram sem fazer as pazes.
E para fazer as pazes não é preciso chamar as Nações Unidas. É suficiente um pequeno
gesto, um carinho. E no dia seguinte se recomeça. A vida é assim. Levá-la avante com
a coragem de vivê-la junto.
E Francisco repetiu as três palavras “mágicas”
que sempre devem ser usadas em família: com licença, obrigado e desculpe-me.
“Com
estas três palavras, com a oração e com as pazes sempre o matrimônio poderá durar”,
concluiu.
Logo após sua catequese, o Papa saudou os diversos grupos presentes
na Praça. Aos poloneses, recordou o aniversário da morte do Beato João Paulo II, ocorrido
em 02 de abril de nove atrás.
O aniversário da morte do Beato, disse o Papa,
dirige o nosso pensamento ao dia da sua canonização, que celebraremos no final do
mês.
Que a espera para este evento seja para nós a ocasião para se preparar
espiritualmente e para reavivar o patrimônio da fé deixado por ele. Imitando Cristo,
foi para o mundo pregador incansável da palavra de Deus, da verdade e do bem. Ele
praticou o bem até mesmo com o seu sofrimento. Este foi o magistério da sua vida ao
qual o Povo de Deus respondeu com grande amor e estima. Que sua intercessão reforce
em nós a fé, a esperança e o amor.