2014-04-01 15:13:47

"Distinguir migração por trabalho da migração criminosa", pedem bispos dos EUA e México


Nogales (RV) – Nove bispos estadunidenses estão mobilizados desde 30 de março na fronteira com o México, na localidade de Nogales (Arizona), para sensibilizar a opinião pública sobre a urgência das reformas do sistema migratório do país e recordar os milhares de vítimas deste drama. Segunda-feira, 31, celebraram várias missas para a população, visitaram estruturas de ajuda e assistência aos imigrantes e depois, simbolicamente, como se fossem clandestinos, fizeram uma longa caminhada nas areis do deserto de Amado.

Em círculo, os bispos rezaram e pediram ao “Deus do Amor e da Misericórdia que dê a todos a graça de não serem jamais indiferentes aos sofrimentos dos irmãos”.

Dom Gerald Kicanas, bispo de Tucson, exortou a imaginar a dor de milhares de homens, mulheres e crianças que em busca de uma vida melhor atravessam estas terras, encontrando muitas vezes a morte. “Estamos aqui para mostrar a nossa solidariedade a estes irmãos”.

Sobre a reforma das leis migratórias, Dom Kicanas pediu que se faça sempre a distinção entre quem emigra porque quer um futuro melhor para si e sua família e quem o faz por estar relacionado à delinquência.

Para o bispo, uma reforma migratória real e humana poderá confluir os esforços e fadigas da polícia exclusivamente contra quem exporta o crime, e não contra quem quer migrar à procura de trabalho.

Já Dom Eusebio Elizondo, bispo auxiliar da Arquidiocese de Seattle e responsável do Comitê episcopal para as Migrações, chamou a atenção para o fato que a imigração é uma questão “bilateral que envolve nós e o México” e, portanto, auspiciou um diálogo mais intenso entre os dois governos sobre este tema.
(CM)







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