2014-03-27 12:33:54

Abrir o coração ao Senhor – o Papa Francisco na missa com os parlamentares italianos


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No tempo de Jesus havia uma classe dirigente que se tinha distanciado do povo, que o tinha abandonado e que seguia a sua ideologia deslizando até à corrupção – esta a mensagem principal do Papa Francisco na homilia da missa desta quinta-feira que o Santo Padre celebrou na Basílica de São Pedro com a presença de 493 parlamentares italianos.
A primeira leitura desta dia é do Livro de Jeremias, que nos mostra o profeta a dar voz ao ‘lamento de Deus’ acerca de uma geração que – segundo observou o Santo Padre – não acolheu os mensageiros de Deus. Voltaram-lhes as costas – continuou o Papa – que considerou ser esta também uma situação presente no Evangelho desta quinta-feira, retirada do texto de S. Lucas em que, sobretudo, os líderes do povo não acolheram Jesus:
“O coração desta gente. Este grupinho com o tempo tinha-se endurecido de tal forma que era impossível ouvir a voz do Senhor. E como pecadores deslizaram até à corrupção, tornaram-se corruptos. É muito difícil que um corrupto consiga voltar para trás. O pecador sim, porque o Senhor é misericordioso e espera-nos a todos. Mas o corrupto é fixado nas suas coisas, e estes eram corruptos.”
Estas pessoas enganaram-se no caminho – afirmou o Papa Francisco – recusaram uma lógica de liberdade que lhes oferecia o Senhor, para uma lógica de necessidade, onde não há lugar para Deus...
“Recusaram o amor do Senhor e esta recusa fez com que eles fossem por um caminho que não era aquele da dialética da liberdade oferecida pelo Senhor, mas era aquele da lógica da necessidade, onde não há lugar para o Senhor. Na dialética da liberdade está o Senhor bom que nos ama, ama-nos tanto! Ao contrário, na lógica da necessidade não há lugar para Deus: deve-se fazer, deve-se ... Tornaram-se comportamentais... Homens de boas maneiras, mas de maus hábitos. Jesus chama-lhes sepulcros esbranquiçados...”
“Neste caminho da Quaresma vai-nos fazer bem, a todos nós, pensar neste convite do Senhor ao amor, a esta dialética da liberdade onde está o amor e perguntarmo-nos, todos: Mas eu estou neste caminho? (RS)








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