Quase 2 milhões de portugueses em risco de pobreza em 2012 – segundo um recente inquérito
do Instituto Nacional de Estatística
O número
de portugueses em risco de pobreza aumentou entre 2011 e 2012, atingindo 18,7% da
população, ou seja, quase dois milhões de pessoas, um valor que poderia aumentar para
quase 50% se não existissem transferências sociais.
Os dados constam do mais
recente Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, do Instituto Nacional de Estatística
(INE), e que mostram um valor percentual que corresponde na realidade a 1.961.122
portugueses, ou seja, mais oito pontos percentuais do que em 2011.
Em relação
aos menores de 18 anos, o risco de pobreza também aumentou, tendo crescido 2,6 pontos
percentuais em relação ao valor registado em 2011 e estando em 2012 nos 24,4%. Ao
mesmo tempo, o risco de pobreza para a população em idade activa foi de 18,4%, mais
1,5 pontos percentuais do quem em 2011, quando o valor foi de 16,9%.
Ao contrário,
a taxa de risco de pobreza para a população idosa, 14,7%, manteve a tendência decrescente
e o risco de pobreza entre as pessoas desempregadas aumentou 1,9 pontos percentuais
entre 2011 e 2012, chegando agora aos 40,2%, um aumento também sentido entre os que
têm emprego, havendo 10,5% de pessoas que trabalham, mas ainda assim estão em risco
de pobreza.
Entre as famílias com crianças a cargo, a taxa de risco de pobreza
também aumentou, passando de 20,5% em 2011 para 22,2% em 2012.
Segundo o INE,
a taxa de risco de pobreza corresponde à proporção da população cujo rendimento equivalente
se encontra abaixo da linha da pobreza, definida como 60% do rendimento mediano por
adulto equivalente, que passou de 416 euros em 2011 para 409 euros em 2012.