Papa recebeu PR de Malta e Jean Vanier e vai-se encontrar com familiares de vítimas
das Máfias
O Papa Francisco vai-se encontrar esta tarde, em Roma, numa igreja paroquial situada
nas proximidades do Vaticano, com cerca de 700 representantes de uma organização que
apoia vítimas de redes mafiosas e seus familiares. Dirigirá a palavra aos participantes
e presidirà à vigília de oração promovida pela Fundação ‘Libera’, dirigida pelo padre
Luigi Ciotti. O evento terá lugar a partir das 17h30 na igreja de São Gregório
VII, com a participação de representantes de algumas das 1600 associações que aderem
à instituição. O encontro é dedicado às vítimas inocentes das máfias e decorre na
véspera da 19ª ‘Jornada da Memória e do Compromisso”, convocada para a cidade italiana
de Latina (ao sul de Roma). Os participantes representam uns 15 mil familiares
de pessoas assassinadas, feridas ou que foram vítimas de extorsão por diversas organizações
criminosas na Itália. Estarão presentes também membros da família do padre Giuseppe
Puglisi, pároco de Palermo, assassinado em 1993 pela Mafia siciliana e beatificado
a 25 de março do ano passado. Em entrevista à nossa Emissora, padre Ciotti referiu
que o Santo Padre acolheu imediatamente e de bom grado o convite a participar hoje
nesta vigília de oração, disponibilizando-se mesmo para ser um dos leitores de alguns
dos nomes das vítimas ^^^^^^^^^^^^^^^^ Nesta sexta-feira de manhã, o Papa Francisco
recebeu, em audiências sucessivas: - o presidente da República de Malta, George
Abela, com a esposa e séquito; - o cardeal Gerhard Ludwig Muller, Prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé; - o arcebispo D. Piero Pioppo, Núncio Apostólico nos Camarões
e na Guiné Equatorial; e, finalmente, - Jean Vanier, Fundador da Comunidade “l’Arche”.
Sobre
a audiência do Santo Padre ao presidente da República de Malta, o comunicado oficial
entretanto divulgado refere que o mesmo se encontrou sucessivamente com o cardeal
Pietro Parolin, que se encontrava acompanhado pelo arcebispo D. Dominique Mamberti,
Secretário para as Relações com os Estados. Nos colóquios, cordiais, foram evocadas
as profundas marcas do cristianismo na história, cultura e vida do povo maltês, como
também as boas relações entre a Santa Sé e Malta, bem expressas nas visitas pastorais
ali realizadas por João Paulo II e por Bento XVI. Mencionado o contributo da Igreja
Católica no campo educativo e assistencial, assim como os Acordos concluídos entre
a Santa Sé e Malta, em vista de uma profícua cooperação ao serviço do bem comum. Abordou-se
ainda o contributo de Malta, no seio da União Europeia, como também algumas situações
da região do Mediterrâneo, e ainda o fenómeno das migrações para a Europa, em que
se encontram empenhadas a Igreja e o governo de Malta.