2014-03-21 14:14:29

Discurso de abertura do Concílio: o Ecumenismo


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar do discurso inaugural do Concílio, detendo-nos na edição de hoje, no seu caráter ecumênico.

No discurso de inauguração do Concílio, proferido em 11 de outubro de 1962, o Papa João XXIII traçou as linhas mestras que deveriam guiar o Concílio Vaticano II. Roncalli insistiu que este não deveria repetir e proclamar aquilo que já conhecido, mas que esperava dele "um progresso na penetração doutrinal e na formação das consciências", articulando "fidelidade à doutrina autêntica" e "indagação e formulação literária do pensamento moderno", isto é, trata-se de interpretar a revelação tradicional em diálogo com a modernidade.

Diferentemente dos Concílios anteriores, o Vaticano II não pretendeu tomar posições dogmáticas de definição e condenações, mas quis intensificar o diálogo e lançar pontes para o mundo contemporâneo, o que incluía, o diálogo ecumênico e inter-religioso.

De fato, João XXIII, expressou claramente a característica ecumênica que deveria marcar o Concílio, ao declarar na abertura que "infelizmente a família cristã, no seu conjunto, não chegou ainda a esta visível unidade na verdade. A Igreja Católica julga portanto, dever seu empenhar-se ativamente para que se realize o grande mistério daquela unidade que Jesus Cristo pediu com oração ardente ao Pai do Céu, pouco antes do seu sacrifício".

No programa passado, o teólogo João Batista Libânio deteve-se na análise do "diálogo", um dos aspectos que deveria caracterizar o Concílio. No programa de hoje, o sacerdote jesuíta que deixa saudades com sua partida em 30 de janeiro rumo ao encontro do Pai, nos fala sobre o ecumenismo, uma segunda característica desejada por João XXIII para o evento conciliar: (Para ouvir, clique acima!)

(JE)









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