2014-03-17 12:30:37

Coreia a espera do Papa


Cidade do Vaticano (RV) - Na Coreia do Sul já fervem os preparativos para a visita que o Papa Francisco irá realizar a este país entre os dias 14 e 18 de agosto. A ocasião, recordamos, é a 5ª Jornada da Juventude Asiática, que terá lugar na Diocese de Daejeon. O Papa também presidirá a cerimônia de Beatificação de um grupo de mártires coreanos. A Coreia conheceu na sua história numerosas perseguições anti-cristãs, e a sua Igreja é fundada sobre o sangue de seus mártires. Em Seul se encontra o famoso Santuário de Jeoldusan, a chamada Colina dos Mártires, meta tradicional de peregrinações.

O nome do Santuário significa literalmente “Colina da decapitação”. De fato, em 1866 um grupo de católicos coreanos foi decapitado por causa de um decreto do soberano daquela época. Os corpos foram depois lançados em um rio adjacente. No alto desta colina foi construída uma capela como testemunho de um martírio e da presença da Igreja na Coreia. Todos os anos este lugar é meta da peregrinação de mais de 500 mil pessoas, a maior parte, católica. Sim porque também protestantes, budistas e até mesmo ateus, visitam o santuário. Logo depois da notícia da visita do Papa, o Diretor do Santuário, Padre Timoteo Jung, conversou com a Rádio Vaticano e não escondeu a sua alegria:

R. - Todas as pessoas coreanas esperam com o coração cheio de alegria a visita pastoral do Papa Francisco.

P. - Depois de 25 anos, a visita de um Papa à Coréia: o que significa para a comunidade de fiéis?

R. - Nós, católicos, mas também todos os coreanos, sentimos que o Papa Francisco ama muito o nosso povo, a península coreana. Nós sentimos que esta é uma mensagem de paz e reconciliação.

P. - Como vocês vão acolher o Papa Francisco, tendo em conta que Jeoldusan é um dos lugares de oração mais freqüentados e que teve uma presença recorde nas meditações que vocês organizaram para o Ano da Fé?

R. - Do melhor modo possível, sem limitações do coração. Certamente os católicos, mas todo o povo coreano, todos nós queremos acolher o Papa não tanto como chefe da Igreja Católica, mas como um líder mundial, líder de toda a humanidade. A Diocese de Daejeon já organizou tudo; junto com a Conferência Episcopal coreana estamos fazendo os preparativos pensando no Papa Francisco como a uma pessoa simples, sempre perto dos pobres. (SP)







All the contents on this site are copyrighted ©.