2014-03-15 13:06:57

Arcebispo de Damasco: “Sinais de esperança na nossa Quaresma de guerra”


Damasco (RV) - Uma nova Quaresma vivida sob a guerra “significará violência e dor”, mas “nos abismos do sofrimento” se entreveem também “sinais milagrosos de luz e de esperança”. É o que descreve o Arcebispo maronita de Damasco, Dom Samir Nassar, numa carta enviada à Agência Fides.

“Novos fluxos de refugiados vêm a nossas paróquias e os pedidos de ajuda superam a nossa disponibilidade. Toda a nossa ação pastoral e social está concentrada no socorro às famílias atingidas”, refere Dom Nassar.

O número de refugiados e deslocados alcançou a cifra impressionante de 12 milhões de indivíduos, dos quais três milhões expatriados nos países fronteiriços (Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia). Milhões de estudantes suspenderam as atividades escolares. O embargo “atinge a todos, mas sobretudo as crianças, os pobres, os hospitais e o setor de saúde”.

Os Bispos e os sacerdotes – afirma Dom Nassar – às vezes não sabem como confortar os cristãos que “compartilham os mesmos sofrimentos dos próprios concidadãos” e já representam “um pequeno rebanho tomado pelo medo”.

E mesmo assim, nesta situação humanamente insustentável – reconhece o Arcebispo –, existem sinais fortes de fé e de esperança luminosos: “A ajuda recíproca e a solidariedade se manifestam com espontaneidade entre as famílias pobres que abrem suas portas aos refugiados; existem novas iniciativas de diálogo e de reconciliação entre os inimigos; há um reflorescimento da fé que reforça as nossas comunidades. O Evangelho é o nosso ponto de referência e a nossa inspiração. Os fiéis participam da missa, mesmo sob a ameaça das bombas, e dedicam muito tempo à oração e à adoração eucarística”. Todos – conclui Dom Nassar – recebem conforto “do olhar de Maria, Nossa Senhora da Paz”.

(BF)







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