2014-03-08 16:04:39

Crise na Ucrânia – observadores da OSCE impedidos de entrar na Crimeia


Na crise ucraniana a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) foi impedida nesta sexta-feira de entrar na Crimeia, segundo se pode ler na edição online do jornal português “Público”. O grupo de 43 representantes de 23 países da OSCE foi barrado por duas vezes por homens armados e não identificados.
Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse esta semana que, até ao momento, ‘não há nenhum acordo com os Estados Unidos’ sobre a Ucrânia após uma reunião com o seu homólogo norte-americano, John Kerry, em Roma.
Por agora, as primeiras sanções norte-americanas e a ameaça de “graves consequências económicas” por parte dos líderes europeus não desviaram Moscovo do seu plano. A decisão russa é a de que, se o resultado do referendo marcado para o próximo fim-de-semana na Crimeia for favorável à integração na Rússia, a Rússia respeitará a decisão.
Esta garantia foi dada aos representantes do parlamento regional da Crimeia que se deslocaram nesta sexta-feira a Moscovo, onde se reuniram com deputados de ambas as câmaras do parlamento russo. O presidente da câmara baixa (Duma), Sergei Narishkin, e a presidente da câmara alta (Conselho da Federação), Valentina Matvienko garantiram que a Rússia respeitará o resultado do referendo e apoiará a decisão do povo da Crimeia.
No próximo dia 16, os cidadãos da península da Crimeia que está no centro do conflito entre a Rússia e a Ucrânia vão decidir se preferem manter-se integrados no território ucraniano, com uma autonomia reforçada, ou se querem mudar-se para a Federação Russa.
No entanto, a consulta popular, que foi convocada por um parlamento regional tomado de assalto por homens armados em finais de Fevereiro, não tem validade legal aos olhos da União Europeia, dos Estados Unidos e das novas autoridades da Ucrânia. Grupos de ucranianos da Crimeia já afirmaram que vão boicotar este referendo. (RS)








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