2014-03-04 17:34:36

Cardeal Turkson: "Preocupam as ideologias que tentam reescrever os direitos humanos"


Bratislava (RV) - O tema da liberdade religiosa foi abordado, nesta terça-feira, em Bratislava, capital da Eslováquia, pelo Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson, no âmbito do encontro internacional intitulado "Igreja e direitos humanos", promovido pela Conferência Episcopal Eslovaca.

"A guerra em nome de Deus e Deus escondido no particular de uma existência. São os dois adversários de uma vida religiosa normal. A Igreja sempre afirmou isso, não obstante as perseguições de seus filhos e alimentando o diálogo com aqueles que, embora de outra fé, compartilham a verdade. O nome de Deus não deve ser manipulado para fins de violência e Deus não pode ser excluído da vida pública", disse o purpurado em seu discurso.

"A liberdade religiosa é inseparável da liberdade de pensamento e consciência. Os cristãos são hoje o mais numeroso grupo religioso que sofre perseguição em muitos países por causa de sua fé", disse ainda o Cardeal Turkson que fez um apelo a todos os governos para que protejam os direitos de seus cidadãos, seja qual for a sua religião.

"Certamente, somente as leis não bastam. Para possuir uma mentalidade que respeite este direito é necessário uma educação religiosa eficaz que ajude o ser humano compreender a contribuição positiva que a fé genuína pode oferecer", disse ainda o Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz.

Segundo o purpurado, "essa educação deve se distanciar de uma concepção relativista que restringe o campo de aplicação dos direitos humanos que são universais, inalienáveis, invioláveis e não sujeitos a mudança e contingentes visões políticas e culturais".

Nesse ponto, o Cardeal Turkson se disse preocupado com as ideologias que tentam reescrever os direitos humanos ou criar novos, como a promoção dos chamados direitos reprodutivos que escondem o drama do aborto, a eutanásia para menores, a ideologia do gênero e casamentos homossexuais.

"A Igreja Católica é e permanece uma protagonista no esforço para fazer dos direitos humanos uma realidade, porque continuamente defende a dignidade intrínseca da pessoa e o direito à vida, desde a concepção até a morte natural, como o primeiro de todos os direitos humanos e a pré-condição para todos os outros", concluiu o Cardeal Turkson. (MJ)







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