Varsóvia (RV) - O episcopado polonês lançou neste último fim de semana um convite
a rezar e jejuar pela paz na Ucrânia. “Peçamos a Deus que este convite à oração ajude
a encontrar uma solução pacífica a este dramático conflito”, escreveram os bispos
que manifestam também o seu pesar “às famílias das vítimas”. A carta foi lida em todas
as igrejas polonesas neste domingo, 23 de fevereiro, enquanto na próxima sexta-feira,
28 de fevereiro, serão celebradas liturgias especiais pela paz na Ucrânia.
Em
muitos santuários da Polônia, já desde o último sábado, começaram novenas de solidariedade
para com o povo ucraniano. Os padres dominicanos de Katowice responderam imediatamente
ao apelo de seus irmãos ucranianos que em seu site na internet pedem “uma oração do
terço pela paz”.
O site “Jejum apostólico” dos padres Palotinos de Bielsko
Biala pede a todos os visitantes que “se reúnam em oração” lembrando “a particular
eficácia das súplicas acompanhadas pelo jejum”. Entre os que aderiram à iniciativa
encontram-se vários mosteiros como os das clarissas e carmelitas que rezam pelas vítimas
do campo nazista de Auschwitz e várias outras congregações religiosas.
Ontem,
domingo rezaram pela paz os seminaristas de Lodz, enquanto desde sábado em Plock começou
a oração da Coroa à Divina Misericórdia.
O líder da Igreja greco-católica
(rito bizantino) na Polônia, o Arcebispo de Przemysl e Varsóvia, Dom Jan Martyniak,
por sua vez, deu início no sábado a uma especial novena pela paz na Ucrânia que está
“à beira do abismo”.
A “uma oração comum pelo direito de todos os cidadãos
ucranianos a viverem dignamente” convida também o bispo da igreja greco-católica de
Wroclaw, Dom Wlodzimierz R. Juszczak, que no próximo domingo celebrará na catedral
da cidade, onde moram muitos poloneses deportados dos territórios ucranianos após
a segunda guerra mundial, uma especial liturgia pelas vítimas.
Junto com as
celebrações religiosas também foi iniciada um coleta em dinheiro e de bens de primeira
necessidade para serem enviados aos habitantes da Ucrânia, lançada entre outros pelo
Sindicato Solidarnosc de Kielce que pede às organizações nacionais e internacionais
e à Cruz Vermelha de organizarem um corredor humanitário rumo à Ucrânia, porque “diante
do drama humano dos habitantes de um País europeu ninguém pode ficar indiferente”.
A Caritas polonesa, a um pedido da Arquidiocese de L’viv, lançou também uma
coleta em dinheiro para a Ucrânia, enquanto o primeiro-ministro, lembrando o gesto
de João Paulo II de 1981 (após a introdução da lei marcial), pediu no sábado para
que todos acendessem velas de solidariedade nas sacadas das janelas. (SP)