2014-02-24 16:55:59

Semana do Papa – síntese das principais atividades do Papa de 17 a 23 de fevereiro


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Dia 17
Na Missa de segunda-feira dia 17 na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco afirmou que é o povo de Deus que leva a Igreja para a frente com a sua paciência e a sua santidade

“E esta gente, o nosso povo, nas paróquias, nas nossas instituições – tanta gente – é aquela que leva para a frente a Igreja, com a sua santidade, de todos os dias, de cada dia.”


Dia 18
Resistir à sedução das tentações é possível só quando se escuta a Palavra de Jesus – esta a principal mensagem do Papa Francisco na Missa em Santa Marta nesta terça-feira, dia 18:

“E assim, quando nós estamos em tentação, não ouvimos a Palavra de Deus: não ouvimos. Não percebemos. E Jesus teve que recordar a multiplicação dos pães para fazê-los sair daquele ambiente, porque a tentação fecha-nos, tira-nos a capacidade de ver largo, fecha-nos cada horizonte e, assim, leva-nos ao pecado. Quando nós estamos em tentação, apenas a Palavra de Deus, a Palavra de Jesus nos salva. Ouvir aquela Palavra que nos abre o horizonte... Ele sempre está disposto a ensinar-nos como sair das tentações. E Jesus é grande porque não só nos faz sair das tentações, mas dá-nos mais confiança.”


Dia 19
Na audiência geral desta quarta-feira, 19 de fevereiro, o Papa Francisco propôs uma catequese sobre o Sacramento da Reconciliação. E começou logo por concretizar a origem deste sacramento:

“O Sacramento da Penitência e da Reconciliação brota diretamente do mistério pascal.”

O Sacramento da Reconciliação foi-nos dado por Jesus no domingo de Páscoa, quando disse aos discípulos: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados».

“Ao longo do tempo, a celebração deste sacramento passou de uma forma pública àquela pessoal e reservada da Confissão. Isto porém não deve fazer perder a matriz eclesial que constitui o contexto vital.”

No final da audiência o Santo Padre fez um apelo para a paz na Ucrânia pedindo que cessem as violências e assegurou a sua solidariedade e oração pelas vítimas.


Dia 20
Para conhecer Jesus é preciso segui-Lo – esta a principal mensagem do Papa Francisco na missa de quinta-feira, dia 20 em Santa Marta.

“Esta primeira pergunta – Quem sou eu para vós, para ti? - a Pedro, apenas se percebe através de um caminho, depois de um longo caminho, um caminho de graça e de pecado, um caminho de discípulo. Jesus a Pedro e aos discípulos não disse ‘Conhece-me? mas disse ‘Segue-me’. E este seguir Jesus faz-nos conhecer Jesus. Não é um estudo de coisas que é preciso mas uma vida de discípulo.”

No âmbito do Consistório convocado pelo Santo Padre para a criação de novos cardeais teve início na quinta-feira dia 20 uma reunião sobre a Família.

“Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade. É-nos pedido que ponhamos em evidência o plano luminoso de Deus para a família, e ajudemos os esposos a viverem-no com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades. Também com uma pastoral inteligente, corajosa e cheia de amor.”


Dia 21
O Papa Francisco participou na sexta-feira, dia 21 das duas sessões do Consistório sobre a Família. Na sua saudação matinal o Santo Padre manifestou a sua preocupação com a violência na Ucrânia:

“Gostaria de enviar uma saudação, não somente pessoal mas em nome de todos, aos cardeais ucranianos – o Cardeal Jaworski, emérito de Leopoldi, e o Cardeal Huzar, emérito de Kiev – que nesses dias sofrem muito e enfrentam muitas dificuldades na sua pátria.”


Dia 22
No sábado, dia 22, teve lugar na Basílica de S. Pedro o primeiro Consistório do Papa Francisco

A solenidade dos grandes momentos mas ao mesmo tempo simplicidade e recolhimento caracterizaram o clima com que decorreu, na basílica de São Pedro, com a presença do Papa emérito, Bento XVI, o primeiro consistório do pontificado do Papa Francisco para a criação de 19 cardeais, incluindo 16 eleitores. A celebração inclui o rito de entrega do barrete e do anel cardinalícios (momentos unificados desde 2012, por decisão de Bento XVI), assim como a tradicional atribuição a cada um dos novos cardeais do “título” de uma igreja de Roma.

Na homilia o Papa Francisco comentou o Evangelho proclamado (Marcos 10, 32-45), sublinhando duas afirmações do texto: “Jesus caminhava à frente deles” e “Jesus chamou-os”.

“Também neste momento Jesus caminha à nossa frente. Ele está sempre à nossa frente. Precede-nos e abre-nos o caminho... É esta é a nossa confiança e a nossa alegria: ser seus discípulos, estar com Ele, caminhar atrás d’Ele, segui-Lo...”

“Irmãos, deixemos que o Senhor Jesus nos chame para junto de Si! Deixemo-nos “con-vocar” por Ele. E ouçamo-Lo, com a alegria de acolhermos juntos a sua Palavra, de nos deixarmos instruir por ela e pelo Espírito Santo para, ao redor de Jesus, nos tornarmos cada vez mais um só coração e uma só alma.”

É isto de que a Igreja precisa – sublinhou o Papa Francisco, dirigindo-se aos cardeais presentes:

“A Igreja precisa de vós, da vossa colaboração e, antes disso, da vossa comunhão, comunhão comigo e entre vós. A Igreja precisa da vossa coragem, para anunciar o Evangelho a tempo e fora de tempo, e para dar testemunho da verdade. A Igreja precisa da vossa oração pelo bom caminho do rebanho de Cristo; oração que é, juntamente com o anúncio da Palavra, a primeira tarefa do Bispo. A Igreja precisa da vossa compaixão, sobretudo neste momento de tribulação e sofrimento em tantos países do mundo.”


Dia 23
Neste domingo, dia 23, o Papa Francisco presidiu à Eucaristia na Basílica de S. Pedro concelebrada com os cardeais criados no Consistório de sábado, o primeiro do seu pontificado:

“A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito”

“… amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso a quem talvez não mereça; não aspiremos a fazer-nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar pelo Espírito de Cristo: Ele santificou-se a si próprio na cruz, para podermos ser “canais” por onde corre a sua caridade. Este é o comportamento, esta é a conduta de um Cardeal. O Cardeal entra na Igreja de Roma, não entra numa corte. Evitemos todos – e ajudemo-nos mutuamente a evitar – hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, fações, favoritismos, preferência. A nossa linguagem seja a do Evangelho: “sim, sim; não, não”; as nossas atitudes, as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade.”


O Papa Francisco recitou ainda neste domingo a oração do Angelus:


“A Igreja confia hoje o testemunho deste estilo de vida pastoral aos novos Cardeais, com os quais celebrei a missa esta manhã” – disse o Papa - recordando que “o Consistório de ontem e a Celebração eucarística deste domingo foram uma preciosa ocasião para “experimentar a catolicidade da Igreja, bem representada pelas diferentes proveniências dos membros do Colégio Cardinalício, reunidos em estreita comunhão em torno do sucessor de Pedro.” (RS)








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