2014-02-24 18:22:28

Papa Francisco está disposto a "mudar o mundo", afirma teólogo argentino. "Ele abriu uma janela que não pode ser mais fechada"


San Salvador (RV) – O Papa Francisco "está disposto a mudar o mundo" e no seu curto pontificado já abriu “uma janela” que deixa passar um “ar novo”. Foi o que afirmou em San Salvador o teólogo leigo argentino José María del Corral, em entrevista à Agência EFE. Del Corral, que dirige uma Rede Mundial de Escolas para o Encontro – iniciativa do Papa, que o nomeou para o cargo – visita projetos da Fundação Futebol Forever, em El Salvador.

Amigo do primeiro Pontífice latino-americano, Del Corral observou que um dos destaques de Francisco neste primeiro ano de Pontificado - a se completar em 19 de março - foi “abrir a janela. A janela à humanidade, às cabeças, à alma”. O Papa Francisco “animou-se em abrir a janela e as pessoas sentiram que havia entrado um ar novo; então voltaram a acreditar, voltaram a ter esperança, se entusiasmaram”, acrescentou.

“Esta abertura – continuou o teólogo argentino – estava esperando o povo, a Igreja, o povo de Deus, as pessoas; todas as pessoas esperavam que alguém, que um líder, alguma referência para a humanidade, pudesse abrir a janela”. “Acredito que ele superou todas as pressões e se animou em abrir a janela”. Ademais, enfatizou que Bergoglio tem dado mostras de que “está disposto a mudar o mundo”.

“Quando ele faz isto, abrir a janela, faz um gesto realmente heróico; ele sabe que está entregando a vida (...), porém ele acredita que este é o testemunho”, sublinhou. “Não esqueçamos que o martírio não é masoquismo; martírio é uma forma exemplar de testemunho e este Papa está disposto a ser mártir porque está disposto a morrer pelo seu povo”, frisou o educador católico, que é leigo e não sacerdote.

Na opinião de Del Corral, a abertura e as mudanças que estão sendo implementadas por Francisco não tem como retroceder. Olhando para um futuro – explicou - se poderia afirmar que “dentro de 10 anos (...) esta janela não poderá ser mais fechada”.

“Não importa quantos dias viva este Papa – observou. Quando alguém abre a janela, ela não pode ser fechada, mesmo que se coloquem 20 pessoas diante dela”.

A seguir indicou, que “esta renovação que ele trás desde a educação é uma mostra clara de que ele quer chegar - não simplesmente escrever livros sobre como deveria ser o mundo -, mas ele está disposto a mudar o mundo”.

Segundo Del Corral, a Rede Mundial de Escolas para o Encontro, lançada pelo Papa em 2013, é uma iniciativa que busca incorporar os jovens à educação e às novas tecnologias, no âmbito da Pontifícia Academia das Ciências.

Ele recordou que, quando era Arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio promoveu a Escola de Vizinhos, que Del Corral também dirige.

Também por ele ser latino-americano, reconhecemos a Francisco “como nosso”, no entanto, “ele é reconhecido pelas pessoas como o Papa de todos”. “A América Latina é nossa terra e ele leva este sangue, ele leva esta terra, este modo de pensar o mundo; por isto digo que isto que ele traz, não somente é o novo, mas é o que ele aprendeu, é o que ele caminhou” como latino-americano, concluiu. (JE)










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