Carta do Papa pelos 50 anos da "Sacrossanctum Concilium"
Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre enviou uma Carta ao Cardeal Antonio
Cañizares Llovera, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos
Sacramentos, por ocasião do encontro que se realizou na Universidade Lateranense,
de 18 a 20 do corrente, sobre os 50 anos da promulgação da Constituição “Sacrossanctum
Concilium”.
O importante aniversário do primeiro documento promulgado pelo
Concílio Ecumênico Vaticano II, diz o Papa, leva a surtir sentimentos de gratidão
pela profunda e difundida renovação da vida litúrgica, que se tornou possível graças
ao Magistério conciliar, pela glória de Deus e a edificação da Igreja. Ao mesmo tempo,
este evento impele a relançar o compromisso com este ensinamento, para que seja acolhido
e atuado de maneira cada vez mais plena.
A Constituição “Sacrossanctum Concilium”
e os ulteriores desenvolvimentos no Magistério da Igreja, afirma o Pontífice, fizeram
compreender mais a liturgia à luz da Revelação divina. Assim, Cristo se revela como
verdadeiro protagonista de cada celebração, associando a si a Igreja, sua amantíssima
esposa.
Celebrar o verdadeiro culto espiritual quer dizer “oferecer a si mesmo
como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Uma liturgia separada do culto espiritual
corre o risco de cair no vazio e perder a sua originalidade cristã.
O Papa
Francisco conclui sua Carta ao Cardeal Cañizares dando graças a Deus pelo que foi
possível cumprir deste primeiro documento Conciliar, mas, ao mesmo tempo, exorta a
um renovado desejo de prosseguir no caminho indicado pelos Padres conciliares, porque
ainda permanece muito a fazer para uma correta e completa assimilação da Constituição
sobre a Sagrada Liturgia, por parte dos batizados e das comunidades eclesiais. O Papa
se refere, de modo particular, ao empenho de uma iniciação e formação litúrgica sólidas
e orgânicas, tanto dos fiéis leigos, quanto do clero e das pessoas consagradas. (MT)