Arquidiocese de Aparecida lança Campanha da Fraternidade 2014
Aparecida (RV) – A Arquidiocese de Aparecida lançou na quarta-feira (18) a
Campanha da Fraternidade 2014, na Paróquia São Francisco, em Guaratinguetá (SP).
O
evento reuniu fiéis, religiosos e líderes pastorais, que assistiram à exposição feita
pelo Padre Leandro Alves de Souza, assessor regional da Campanha. O lançamento contou
a presença do Bispo Auxiliar da Arquidiocese, Dom Darci José.
A CF será lançada
oficialmente em todo o Brasil no dia 5 de março, Quarta-feira de Cinzas, com o tema
“Fraternidade e Tráfico Humano”. A antecipação regional do lançamento foi um momento
de formação, em que os participantes tiveram acesso a dados e informações sobre o
crime de tráfico humano.
Padre Leandro abordou o esquema criminoso em suas
diversas modalidades, ressaltando o perfil mais frequente de vítimas: tráfico de crianças
para adoção ilegal, de mulheres para exploração sexual, de homens para o trabalho
escravo, além de assassinatos para remoção de órgãos e tecidos humanos.
Dom
Darci falou sobre a finalidade e história da Campanha da Fraternidade que ao longo
de 50 anos coloca em evidência temas de relevância social. E citou o texto base, que
é o documento oficial da CF 2014, ressaltando que o tráfico humano lucra cerca de
32 milhões por ano em nível mundial. Mais de quatro milhões de pessoas são traficadas
em todo o mundo, movimentando a terceira atividade criminosa mais lucrativa, ao lado
do tráfico de drogas e do tráfico de armas. Para ele, o tráfico humano é reconhecidamente
uma "consequência da miséria e desigualdade social, das quais traficantes inescrupulosos
se aproveitam".
O Bispo ressaltou a importância de que todos se envolvam na
Campanha deste ano: “Nessa campanha, vamos ver, julgar e, se preciso, agir sobre a
realidade do tráfico e sobre toda forma de cerceamento da liberdade, pois isso atenta
contra a dignidade dos filhos e filhas de Deus. Somente um trabalho articulado envolvendo
a Igreja do povo de Deus, suas forças e organizações, os serviços públicos e a sociedade
civil como um todo, seremos capazes de impedir o crescimento e a impunidade desse
tipo de crime”.