Chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau promete segurança para eleições
O Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, António
Indjai prometeu esta quarta-feira que as forças armadas vão garantir uma segurança
reforçada ao processo eleitoral – segundo nos refere, de Bissau, a nossa correspondente
Indira Baldé.
António Indjai falava após a cerimónia do encerramento da 33ª
reunião dos chefes militares da CEDEAO, que teve como pontos de debate a questão da
segurança do processo eleitoral guineense, a situação no Mali e a pirataria no golpe
Guiné. Aos jornalistas, o CEMGFA da Guiné-Bissau disse e traduzido do crioulo para
o português que " A participação das forças armadas no asseguramento das eleições
vai ser muito duro e transparente". Questionado sobre o que significava “duro”, Indjai
respondeu que " não pode haver fraude, não pode".
Sobre a segurança das eleições,
o chefe dos militares guineenses foi mais longe para mostrar que o trabalho será sério
a fim de não permitir segundo disse que haja fraude" Nada pode entrar ,porque vamos
vedar tudo juntamente com a ECOMIB e todos os candidatos vão ter segurança". Ainda
sobre a segurança do processo eleitoral, prevista já para 13 de Abril e não Março
como tinha sido anunciado pelo decreto presidencial, Soumaila Bakayoko, Chefe dos
Chefes do estado Maior-Generais da CEDEAO disse no seu discurso que durante os 3 dias
da reunião disse que apreciaram a calma prevalecente no País e felicitaram as excelentes
relações de cooperação entre as forças militares da Guiné-Bissau e da ECOMIB. Soumaila
Bakayoko garantiu que vão ser criadas condições necessárias para que as duas forças,
militares da Guiné-Bissau e da Ecomib, garantirem a segurança às eleições gerais.
O Presidente de transição continua as consultas as forças vivas da nação guineense
para conseguir consensos sobre a data das eleições para fechar o ciclo de transição
que inicialmente deveria durar um ano, segundo o "pacto de Transição" Documento que
substitui a constituição, mas devido a incapacidade do governo na organização das
eleições a transição vai completar em Abril 24 meses.
Desde Abril de 2012 que
a Guiné-Bissau está a ser governada por um regime de transição não reconhecido pela
Comunidade Internacional. A situação criou caos a economia do país e grandes dificuldades
na vida dos guineenses confrontados sobretudo com as dificuldades financeiras. O
executivo não consegue pagar salários, nem garantir uma assistência médica adequada
aos milhares de guineenses que procuram os serviços sanitários do País.