2014-02-18 17:21:54

Egito: balanço positivo no 1° ano do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs


Cairo (RV) – Na tarde desta terça-feira (18), os expoentes das principais confissões cristãs presentes no Egito, reunir-se-ão na Catedral copta-ortodoxa de São Marcos, no Cairo, para celebrar o primeiro aniversário da criação do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs. Estarão presentes, entre outros, o Patriarca Copta-Católico Ibrahim Isaac Sidrak e o Patriarca Copta Ortodoxo Tawadros II.

De fato, em 18 de fevereiro de 2013, as mais altas autoridades de cinco Igrejas – Copta Ortodoxa, Copta Católica, Greco-Ortodoxa, Protestante e Anglicana – subscreveram o ato de nascimento da instituição, de forte caráter ecumênico.

Segundo o Bispo Copta-Católico de Assiut, Dom Anba Kyrillos William, “a instituição do Conselho Nacional das Igrejas foi um fato importante para todos nós e já podemos observar os efeitos a nível local: durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, observou-se a alegria dos fiéis ao verem os chefes das Igrejas cristãs rezando juntos”.

“Neste ano, pela primeira vez – referiu o prelado à Agência Fides - um Bispo Copta-Católico – o Vigário Patriarca Hanna Golta – pregou em uma Igreja Copta Ortodoxa. Nunca havia ocorrido isto antes”. Segundo o Bispo de Assiut, o novo clima nas relações entre os seguidores das diversas confissões cristãs, deve-se, em boa parte, à boa vontade e à abertura mostrada no campo ecumênico pelo Patriarca Tawadros”.

O Conselho Nacional das Igrejas Cristãs no Egito tem um Comitê de Presidência - que reúne os cinco chefes das Igrejas envolvidas -, uma Secretaria Geral, formada por cinco representantes das diversas igrejas e atualmente presidida pelo sacerdote copta-ortodoxo Bishoy Helmy e um Comitê Executivo, formado por 15 membros.

Do Conselho fazem parte 15 comissões dedicadas a questões e campos específicos, que estão sendo ativadas pouco a pouco. Entre estas, está uma Comissão teológica, que poderia com o tempo tratar a nível local de temas como o Batismo – que os Coptas Ortodoxos administram à cristãos de outras confissões que passam a fazer parte de sua Igreja. Padre Bishoy declarou que entre os Coptas Ortodoxos e Coptas Católicos existem 15 questões doutrinais e teológicas controvertidas, sobre as quais se poderia ponderar.

Em relação às questões polêmicas – recordou Dom Kyrillos – “os estatutos esclarecem que o Conselho não se ocupa diretamente delas e não quer condicionar os cristãos na maturação livre de suas opiniões. Mas, é certo, enquanto cidadãos, têm o dever de expressar-se quando está em jogo o bem do país”. (JE)








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