Simpósio na Lateranense sobre a Liturgia, 50 anos após a promulgação da Sacrosanctum
Concilium
Cidade do Vaticano (RV) – “Gratidão e empenho por um grande movimento eclesial”.
Este é o tema do Simpósio dedicado à Constituição Sacrosanctum Concilium, promulgada
pelo Papa Paulo VI em 4 de dezembro de 1963, e apresentada ontem, quinta-feira (13),
na Sala de Imprensa da Santa Sé.
O encontro – que será realizado na Pontifícia
Universidade Lateranense de 18 a 20 de fevereiro – é organizado pela Congregação para
o Culto e a Disciplina dos Sacramentos, em colaboração com o Ateneu Pontifício. Na
apresentação do evento, estavam presentes, entre outros, Dom Arthur Roche, Secretário
do discastério que promove o encontro.
50 anos da primeira Constituição do
Concílio Vaticano II, que iniciou seus trabalhos justamente com a reforma da Liturgia,
para afirmar o primado de Deus na vida da Igreja; uma Igreja “renovada e santificada”,
solidária “com a humanidade nas suas esperanças e inquietações”. Assim manifestou-se
o Cardeal Antonio Canizares Llovera, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e
a Disciplina dos Sacramentos, na sua mensagem lida aos jornalistas durante a coletiva.
“Um Simpósio organizado – observou o Cardeal Canizares – para exprimir gratidão por
este primeiro fruto do Concílio e para continuar a aprofundar a renovação litúrgica
desejada pelo Concílio Vaticano II”. “Mas resta muito ainda a ser feito – acrescentou
o purpurado enviado do Papa ao Panamá neste final de semana – chamando a atenção de
que a responsabilidade ‘é de todos’”.
Nas grandes perspectivas do Vaticano
II “não se pode, de fato, pensar à Liturgia sem pensar na Igreja inteira”, explicou
a seguir, Dom Arthur Roche, Secretário do Dicastério vaticano para o Culto e a Disciplina
dos Sacramentos:
“Certo, os 50 anos da Sacrosanctum Concilium convidam
a fazer um exame de consciência”.
O convite para participar do Simpósio é dirigido
também às Conferências Episcopais, responsáveis pelas comissões litúrgicas, centros
de estudo teológico e pastoral, responsáveis e animadores pela Liturgia. Universal
será a presença dos relatores sacerdotes, religiosos e leigos de todos os continentes,
enriquecida por vozes dos Ritos Litúrgicos não romanos:
“O desejo é de poder
oferecer nos dias do Simpósio, através a escuta, o diálogo, a oração comum, uma experiência
de comunhão repleta de agradecida memória e de profético empenho”, afirmou Dom
Roche.
Entre os argumentos evidenciados pelos jornalistas, em relação aos conteúdos
do Simpósio, estão a Liturgia ordinária e extraordinária – que não é competência da
Congregação para o Culto Divino mas da Congregação para a Doutrina da Fé; após, a
presença dos leigos na Liturgia, que não terá um aprofundamento específico nos trabalhos
e a representação da Liturgia na mídia, que sempre deve favorecer o encontro com Deus
e a comunhão eclesial. (JE)