Dom Georg Gaenswein: um ano depois da renúncia de Papa Ratzinger
Cidade
do Vaticano (RV) – Há um ano do evento histórico da renúncia do Papa Bento XVI,
em 11 de fevereiro de 2013, a Rádio Vaticano entrevistou Dom Georg Gaenswein, seu
secretário particular:
“Dia 11 de fevereiro deste ano foi uma data como
todas as outras. O Papa emérito celebrou Missa de manhã, recitou o breviário, tomou
café da manhã e assim por diante. Claro, naquele dia foi comentada a questão da sua
renúncia ao Pontificado, que foi um acontecimento histórico e inesquecível por todos.
Há um ano deste evento, nada mudou. Bento XVI passou este dia com a serenidade que
lhe é própria, a mesma de quando renunciou ao papado. Com efeito, sabemos que ele
renunciou porque se sentia debilitado fisicamente e a Igreja precisava de um Papa
com mais vigor. Aquele foi um ato corajoso e revolucionário, um ato de grande humildade,
um ato de amor para com o Senhor e a Igreja, que produziria frutos para o futuro.
Bento XVI vive, como sabemos, no mosteiro Mater Ecclesiae; ele tem seus contatos,
tem seu ritmo diário: recebe visitas, cartas, e mantém suas relações com o mundo exterior.
Trata-se de um modo de vida que ele mesmo escolheu, rezando pela Igreja e pelo seu
Sucessor. Ele jamais se intrometeria no governo do seu Sucessor, o Papa Francisco.
Aliás, logo depois da sua eleição à Cátedra de Pedro, Papa Bergoglio foi imediatamente
visitar seu predecessor. Aquele foi o início de uma relação de grande e amizade e
estima, que se prolonga até hoje. Claro, muitos gostariam de manter contato com o
Papa emérito. Mas isto não é possível devido à sua debilidade física. No entanto,
ele é muito grato por este sinal de solidariedade, amor e afeto demonstrado pelos
fiéis do mundo inteiro”. (MT)