Diálogo e serviço comum aos mais débeis, como pedem as Escrituras: Papa ao Comité
Judaico Americano
O Santo Padre
recebeu também, nesta quinta-feira, 13, uma Delegação do Comité Judaico Americano,
recebida com muita cordialidade. O Papa Francisco agradeceu-lhes “o qualificado contributo”
fornecida por esta organização dos Judeus dos Estados Unidos, ao longo dos anos, “ao
diálogo e à fraternidade entre judeus e cristãos”, encorajando-os a prosseguirem nesse
caminho. Recordando que no próximo ano ocorrerá o quinquagésimo aniversário da
Declaração “Nostra aetate”, do Concílio Vaticano II, “que ainda hoje constitui para
a Igreja o ponto de referência imprescindível para as relações com os nossos irmãos
mais velhos”. Foi a partir daí - observou o Papa – que “se desenvolveu a reflexão
sobre o património espiritual que nos une e que constitui o fundamento do nosso diálogo”.
“Este
fundamento é teológico, e não mera expressão do nosso desejo de respeito e estima
recíproca, pelo que é importante que o nosso diálogo seja sempre profundamente marcado
pela consciência da nossa relação com Deus”.
Para além do diálogo – sublinhou
ainda o Papa – é importante que judeus e cristãos atuem conjuntamente pela construção
de um mundo justo e fraterno, com um serviço comum a favor dos pobres, dos marginalizados,
dos que sofrem.
“Este nosso empenho radica-se no que as Escrituras nos revelam
a propósito da protecção do pobre, da viúva, do órfão, do estrangeiro. É uma tarefa
que Deus nos confia, que espelha a sua santa vontade e a sua justiça, é um autêntico
dever religioso.”
A concluir, o Papa evocou “a alegria” que terá, dentro de
meses, de deslocar-se a Jerusalém, onde – como diz o Salmo – “todos nós nascemos”
e para onde todos os povos hão-de convergir um dia. “Acompanhai-me, por favor com
a vossa oração para que esta peregrinação dê frutos de comunhão, de esperança e de
paz”.