Dia Mundial do Rádio: as mulheres são protagonistas
Cidade
do Vaticano (RV) - Nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial
do Rádio, instituído há três anos pela Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (Unesco) para lembrar a criação da Rádio ONU, em 1946. Em 2014,
a Unesco elegeu como foco das comemorações a promoção da igualdade de gênero.
A
Rádio Vaticano, veterana das emissoras radiofônicas (completou 83 anos em 12 de fevereiro),
inaugurou o Dia Mundial do Rádio 2014 à meia noite, mandando ao ar um concerto da
Orquestra Nacional francesa. Durante todo o dia haverá uma programação especial, disponível
no site www.vaticanradio.org, dedicada à atuação da mulher nas transmissões radiofônicas
e ao papel das jornalistas da Rádio Vaticano ao dar voz às mulheres que no mundo não
têm voz.
Em mensagem divulgada pela Unesco, a diretora-geral da organização,
Irina Bokova, destaca que “as mulheres têm assumido papel decisivo no crescimento
do rádio. Como cidadãs jornalistas, repórteres, produtoras, técnicas e tomadoras de
decisão, as mulheres estão trabalhando em cada nível da indústria da radiodifusão
para garantir a livre troca de opiniões, informações e ideias pelas ondas do rádio”.
Leia
a íntegra da mensagem em celebração do Dia Mundial do Rádio:
“No Dia Mundial
do Rádio, celebramos um meio de comunicação que permanece como primeira opção para
mulheres e homens em todo o mundo. O rádio dá voz aos que não são ouvidos, ajuda a
educar os analfabetos e salva vidas em situações de desastres naturais. Uma força
para a liberdade de expressão e o pluralismo, o rádio é essencial para construir sociedades
do conhecimento inclusivas e promover respeito e compreensão entre as pessoas. O
rádio é especialmente importante para a promoção da igualdade de gênero e para o empoderamento
de mulheres. De executivas pioneiras do início do século XX às repórteres atuando
hoje em dia em áreas de conflito, as mulheres têm assumido papel decisivo no crescimento
do rádio. Como cidadãs jornalistas, repórteres, produtoras, técnicas e tomadoras de
decisão, as mulheres estão trabalhando em cada nível da indústria da radiofusão para
garantir a livre troca de opiniões, informações e ideias pelas ondas do rádio.
No
entanto, ainda há muito a ser feito. Menos de um quarto das notícias do rádio é sobre
mulheres, e mulheres representam menos do que um terço de todos os cargos de nível
administrativo e de governança na mídia. Sem as vozes de mais da metade da população
do mundo, como podemos entender todos os lados da história?
A UNESCO está
comprometida a encontrar esse equilíbrio. Para fortalecer o pluralismo e a liberdade
de expressão no rádio, as mulheres devem participar igualmente na difusão de notícias,
nas tomadas de decisão e nas estruturas de domínio da mídia.
É por isso que
a UNESCO está trabalhando em todo o mundo para desenvolver o rádio como um meio de
comunicação independente e plural tanto para mulheres como homens, e para criar um
ambiente mais seguro para todos os jornalistas, com reconhecimento especial às ameaças
sofridas por mulheres jornalistas. Esse trabalho inclui o lançamento pela UNESCO,
em 2013, da Aliança Global em Mídia e Gênero.
O rádio pode transmitir qualquer
mensagem para qualquer lugar a qualquer tempo – e devemos aproveitar ao máximo esse
poder para o benefício geral. Nesse espírito, conclamo todos os radiofusores – de
estações locais comunitárias a agências internacionais de mídia – a promover a igualdade
de gênero e o empoderamento de mulheres e homens por meio do rádio.
Na foto
abaixo, duas redatoras do Programa Brasileiro: Bianca Fraccalvieri e Cristiane Murray. (CM)