2014-02-11 17:49:49

Timor Leste: assinado um acordo histórico com a Indonésia


Um acordo de valor económico limitado mas, certamente, de significado histórico, foi assinado nesta segunda-feira em Jacarta, entre os Governos da Indonésia e de Timor Leste, ex-colónia indonésia na extremidade oriental do arquipélago. O acordo, que também tem implicações militares, segue um esboço definido durante a visita do presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono ao seu homólogo timorense, José Ramos Horta (entretanto substituído no cargo por Taur Matan Ruak), e assinado em Díli em 2012. Durante a visita na segunda-feira em Jacarta – segundo informa a agência de notícias MISNA - o primeiro-ministro do Timor Leste, Xanana Gusmão assinou com o ministro da Defesa da Indonésia Poernomo Yusgiantoro um acordo para "co- operação, instrução e preparação no campo militar ", em base no qual o Governo de Díli vai adquirir armamento bélico da indústria militar local. Um movimento da pequena república da Ásia para ganhar maior apoio do grande vizinho, quer em termos de "relações de boa vizinhança" quer para um apoio fundamental ao pedido de acesso como o 11° membro da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) .
No centro dos encontros de Xanana Gusmão, líder da guerrilha independentista que levou ao referendo sobre a independência de 2009 e o nascimento da República de Timor Leste, em 2002, e também à definição dos limites, para as pequenas áreas ainda controversas. Finalmente resolvida a área de Dilumi - Memo, ainda por resolver em ulteriores negociações as áreas de Bijael Sunan Oben e Noel Besi-Citrana. Obviamente controversa a decisão de Dili para comprar armas e know-how do antigo inimigo, que permanece até hoje parceiro indispensável para a fraca economia timorense, à espera que se materializem os grandes planos para a exploração dos vastos recursos ao longo das suas costas com a participação activa de multinacionais. Um plano de 2012, que previa a compra de tanques e blindados para transporte de tropas da empresa bélica Pt Pindad tinha sido duramente contestado por organizações não-governamentais timorenses pela falta de transparência e a má qualidade dos produtos, ainda mais do que por motivos ideais . O intercâmbio comercial entre os dois países tem vindo a crescer nos últimos anos e o valor atingiu os 258,8 milhões de dólares no ano passado, contra os 221,520 milhões em 2011.








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