Cardeal Turkson: "É necessário desenvolver uma economia de inclusão"
Londres (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal
Peter Turkson, fez uma palestra, nesta quinta-feira, na Escola de Economia e Ciência
Política de Londres, Inglaterra, destacando a importância de desenvolver uma economia
de inclusão.
Em seu discurso, o purpurado sublinhou que a atual crise financeira
mundial prossegue há seis anos. O Cardeal Turkson convidou a refletir não somente
sobre as origens técnicas da queda econômica, mas, sobretudo, sobre suas matrizes
e implicações éticas.
"Essa reflexão também diz respeito à Igreja porque ela
fala em nome da humanidade e tem o dever de insistir para que a pessoa humana seja
considerada uma prioridade no sistema monetário internacional", frisou.
O
Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz chamou a atenção para a tutela
do bem comum a ser administrada com um novo senso de responsabilidade, olhando para
uma reforma econômica que responda às exigências dos povos.
Como afirmaram
os Papas Paulo VI e Bento XVI, o bem comum é sinônimo de "desenvolvimento humano integral,
isto é, crescimento espiritual, moral e material para todos". O purpurado reiterou
que "a economia não é um campo que está livre da ética. "Os agentes econômicos são
agentes morais e a globalização deve ser entendida não somente como interdependência
de numerosas realidades humanas, mas como globalização do bem comum", disse ainda
o purpurado.
O Cardeal Turkson fez um apelo para que "os princípios fundamentais,
como a dignidade da pessoa humana e a inclusão, não sejam considerados um mero acessório,
mas a força propulsora da busca de uma nova economia, inclusiva e sustentável". Segundo
o purpurado, essa nova economia "deve considerar os indicadores que levam ao verdadeiro
progresso rumo ao desenvolvimento integral, incluindo todas as componentes da sociedade,
inclusive a Igreja". (MJ)