Como participar da missão 'ad gentes'? A explicação do Card. Filoni
Rio de Janeiro (RV) – “A missionariedade e as Igrejas locais” foi o tema da
terceira conferência de terça-feira, 4, do Curso Anual dos Bispos do Brasil. O Prefeito
da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, proferiu a
palestra “Como Participar na Missio Ad Gentes: a Missionariedade e as Igrejas Locais”
durante o evento que segue até a próxima sexta-feira, 7, no Centro de Estudos do Sumaré,
no Rio Comprido.
O Cardeal explicou que a missionariedade é um aspecto essencial
da identidade da Igreja: “A Igreja peregrina, por sua natureza essencialmente missionária,
recebeu o mandato solene de anunciar a verdade salvífica até os confins da terra”,
destacou.
Na palestra, o Cardeal Filoni explicou que a missão evangelizadora
da Igreja contempla três etapas: sair dos próprios confins, anunciar o Evangelho e
edificar a Igreja. O conferencista, a exemplo do Papa Francisco, exaltou a cultura
do encontro e ressaltou a importância do diálogo como meio de conhecimento recíproco.
A missão ad gentes, em virtude do mandato de Cristo, é universal, mas ao mesmo
tempo, é possível delinear vários aspectos da sua implementação, conforme João Paulo
II na Carta encíclica Redemptoris Missio. “O Papa João Paulo II escreve no texto citado
que ‘lugares privilegiados deveriam ser as grandes cidades, onde surgem novos costumes
e modelos de vida”. Além disso, os meios de comunicação devem multiplicar a possibilidade
de anunciar o Evangelho e integrar a mensagem nesta “nova cultura”, criada pela comunicação
moderna.
É preciso ainda que a Igreja seja descentralizada e dinâmica. Um terceiro
aspecto que o palestrante destacou foi o de uma Igreja a serviço do Reino para anunciá-lo,
além de testemunhar e difundir os valores evangélicos. É preciso ainda “rezar para
que venha o Reino de Deus”, manifestando a convicção fundamental de que o Reino é
um dom, que requer desejo, expectativa e invocação. (CM-Arquidiocese RJ)