2014-02-04 16:42:40

Tribunal israelense dá esperança aos habitantes do Vale do Cremisán e Belém


Jerusalém (RV) – O Supremo Tribunal israelense abriu uma porta de esperança aos habitantes da aldeia de Beit Yala - no Vale de Cremisán, proximidade de Belém – ao exigir do Estado de Israel uma explicação que justifique a construção do muro na região com o atual traçado, descartando rotas alternativas que não segregariam terras dos cristãos palestinos.

“O caso ainda não está concluído até que seja tomada uma decisão definitiva, porém é uma boa notícia que trouxe alegria e esperança à comunidade cristã de Cremisán”, explicou Anica Heinlein, porta-voz do grupo que ingressou com a ação.

“Até que o Estado responda, todo e qualquer trabalho deve parar. A decisão da Corte dá a entender que não se inclina às teses estatais”, argumentou Hainlein, antes de precisar que Israel tem até dia 10 de abril para responder às interrogações do judiciário.

Uma decisão definitiva não deverá sair antes da visita do Santo Padre à Terra Santa, em maio deste ano, o que permitirá “que o Papa Francisco possa ser informado pessoalmente da situação das terras pertencentes à 58 famílias cristãs e da Igreja Católica”, disse a porta-voz.

A verdadeira peregrinação judicial teve início há 8 anos, com um recurso pedindo a suspensão da construção do muro que pretende dividir o Vale de Cremisán. As 58 famílias proprietárias das terras, juntamente a representantes eclesiásticos, entraram com uma ação conjunta no Tribunal da Magistratura de Tel Aviv. A petição defendeu que o traçado previsto fosse redesenhado para evitar que um Mosteiro e um Convento salesiano (com escola infantil e campos de esporte), além de terras cultivadas fossem divididos com a construção do muro.

Com o plano atual, as terras passariam a fazer parte do Estado de Israel e seriam anexadas aos assentamentos de Gilo e Har Gilo, agora separados.

A ação impetrada em 2013 foi indeferida pela Justiça, obrigando os requerentes a buscar uma instância superior.

O Conselho de Paz e Segurança, associação integrada pelo pessoal israelense de Segurança, sugeriu a possibilidade de estabelecer um traçado alternativo, um pouco abaixo do assentamento ilegal de Gilo, menos lesivo aos habitantes do vale de Cremisán e que serviria da mesma forma aos objetivos de segurança. (JE)









All the contents on this site are copyrighted ©.