Dia Mundial de Luta contra o Câncer: O fumo passivo é também prejudicial
Cidade
do Vaticano (RV) - Celebra-se nesta terça-feira, 04 de fevereiro, o Dia Mundial
de Luta contra o Câncer.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a
batalha global contra o câncer não será vencida apenas com tratamentos. Segundo a
OMS, são necessárias medidas de prevenção eficazes urgentes para evitar uma crise
da doença.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, que faz parte
da OMS, lançou na última segunda-feira, dia 3, o Relatório Mundial do Câncer 2014,
que contou com a colaboração de 250 cientistas de mais de 40 países.
O documento
ressalta que deve ser reduzido o contato das pessoas com produtos cancerígenos conhecidos,
como o cigarro e a bebida alcoólica. O uso de álcool e de tabaco, alimentação inadequada
e falta de atividade física estão entre os principais fatores de risco em todo o mundo.
É necessário combater os tipos de câncer causados pela exposição ambiental como é
o caso da poluição do ar e no ambiente de trabalho.
Em 2012, foram registrados
14 milhões de novos casos de câncer no mundo. A OMS calcula que esse número deve subir
para 22 milhões nas próximas duas décadas. Os casos mais comuns diagnosticados foram
o câncer dos pulmões, seguido dos cânceres de mama e do intestino. Já em relação às
mortes, o tipo mais letal da doença foi o câncer dos pulmões, seguido dos cânceres
de fígado e estômago.
O relatório da Agência Internacional de Pesquisa sobre
o Câncer mostra ainda que como consequência do envelhecimento da população, os países
em desenvolvimento acabaram sendo mais atingidos pelo avanço da doença.
Mais
de 60% dos casos de câncer ocorrem na África, na Ásia e nas Américas Central e do
Sul. Essas regiões são responsáveis também por 70% das mortes. A situação piora pela
falta de detecção precoce da doença ou falta de acesso aos tratamentos.
O relatório
afirma que o acesso eficaz e acessível aos tratamentos nos países em desenvolvimento,
incluindo para crianças, reduzirá de forma significativa a mortalidade.
O
documento cita a Convenção sobre o Controle do Tabaco, que teve o apoio da OMS. O
tratado internacional tem sido crucial para reduzir o consumo de produtos derivados
do tabaco através de altos impostos e a proibição de propagandas, entre outras medidas.
Nós conversamos sobre a questão do câncer com a epidemiologista clínica Dra.
Miriam Sommer de Porto Alegre (RS) que atualmente mora e trabalha em Haia, na Holanda.
Ela dá um alerta para o fumo passivo que é também prejudicial. (MJ/Rádio ONU)