2014-02-03 18:07:06

Cardeal Bechara Raï: "Atentados, culpa das divisões entre os políticos libaneses"


Beirute (RV) - "As disputas mesquinhas entre os políticos libaneses, mesmo entre os cristãos, são a causa dos atentados terroristas violentos contra as cidades do País dos Cedros", disse o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Bechara Boutros Raï, na homilia da missa celebrada, neste domingo, em Bkerke, sede do patriarcado.

"No que diz respeito às explosões que se seguem, consideramos responsáveis os partidos políticos e todos aqueles que rejeitam a reconciliação, criando obstáculos para a formação do governo", disse ainda o purpurado.

Neste domingo, a Frente Nusra no Líbano reivindicou o ataque perpetrado um dia antes com um carro-bomba contra a cidade xiita de Hermel, no nordeste do país, que matou três pessoas. Este foi o terceiro atentado cometido pelo grupo extremista sunita.

Segundo uma declaração desse grupo, a intenção dele era punir o Hezbollah que combate ao lado o Governo sírio. Além de estarem divididos entre a favor e contra o Presidente da Síria, Bashar al-Assad, os partidos e políticos libaneses estão divididos pela ambição de poder e dinheiro.

O ex-general Michel Aoun, por exemplo, atrasa o nascimento de um governo porque exige para o seu partido, o Movimento Patriótico Livre, alguns ministérios importantes. Referindo-se a esse problema, o Patriarca Bechara Raï destacou que a tarefa de um governo deve ser cuidar dos seres humanos e não o balanço de seu ministério. Ele pediu para rezar por todos os políticos libaneses, esperando que Deus ilumine suas mentes.

Há mais de um ano o Líbano está sob um governo interino porque os partidos não conseguem chegar a um acordo sobre a composição e o número de ministérios a serem distribuídos entre os partidos políticos.

Em vista da festa de São Marun, em 9 de fevereiro, pai da tradição maronita, o Patriarca Bechara Raï apresentará um documento sobre os princípios de unidade nacional e sobre as prioridades para enfrentar o presente e o futuro.

O documento será redigido depois do encontro mensal dos bispos maronitas, em 5 de fevereiro. (MJ)







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