Cidade do Vaticano
(RV) – O Parágrafo 153 do Novo Catecismo, nos diz que “quando Pedro confessa que
Jesus é o Cristo, Filho de Deus Vivo, Jesus lhe declara que esta revelação não lhe
veio “da carne e do sangue, mas de meu Pai que está nos céus”. A Fé é um dom de Deus,
uma virtude sobrenatural infundida por Ele”.
Na edição de hoje do nosso espaço
dedicado aos 20 anos da publicação do Novo Catecismo da Igreja Católica, Monsenhor
Luiz Antonio Catelan vai refletir sobre “A fé – uma graça”:
“A primeira característica
da fé, é de ser um dom de Deus, uma graça de Deus. É verdade também que ela é um ato
humano, como vamos refletir ainda. Mas antes de ser um ato humano, um ato realizado
por uma pessoa humana, por um ser humano, ela é um dom de Deus, porque por meio da
fé, nós entramos em comunhão com o próprio Deus, que é sobrenatural, que está acima
da nossa natureza, que está acima da nossa condição humana. Portanto, nós não somos
capazes, por nossa própria natureza, de um ato de entrar em comunhão com Deus. É Ele
que, agindo no nosso ser, a partir de dentro, na estrutura mesma de nosso ser, no
íntimo de nossa alma, nós diríamos, é Ele mesmo que suscita a capacidade de lhe responder
e de entrar em comunhão com Ele. É um dom!
Existe um documento da Igreja,
do Concílio Vaticano II – Dei Verbum – é uma Constituição Dogmática, que depois de
ter explicado o que é a fé, diz exatamente: “Para que se preste um ato assim, é necessária
a graça de Deus, prévia e adjuvante”. Prévia – vem antes -, um dom de Deus que antecede
o dom da fé. Adjuvante, que acompanha e ajuda, que auxilia o ser humano a se manter
no nível da fé. Portanto, é o Espírito Santo que prepara o coração para o ato da fé
e que depois ajuda esta fé a crescer e frutificar, por meio dos seus dons que se revelam
nos frutos. Por isto nós dizemos, que acima de tudo e antes de qualquer outra coisa
que, a fé é um dom”.