Lisboa (RV) - A Rede de Jornalistas Católicos da Europa está dando os seus
primeiros passos. A ideia de criar uma rede de jornalistas católicos europeus foi
apresentada por um jornalista italiano no ano passado, em Bucareste, durante encontro
de porta-vozes dos episcopados que integram o Conselho das Conferências Episcopais
da Europa.
Ao longo destes meses a ideia foi amadurecendo e agora “está se
transformando; irá nascer com a marca ecumênica, será mais uma Associação de Jornalistas
Cristãos da Europa, porque de fato inclui a participação de jornalistas de outras
confissões religiosas e não apenas a católica”, refere o único jornalista português
e um dos fundadores deste projeto, Paulo Rocha, também Diretor da Agência de Notícias
Ecclesia.
Os trabalhos partilhados através desta Rede permitem que os jornalistas
se enriqueçam mutuamente. Nesse sentido, vai ser criado, nos próximos dias, um site
onde estes conteúdos serão publicados.
O segundo objetivo do projeto é organizar
encontros entre estes profissionais. Ainda não há reuniões marcadas. Mas serão realizadas
sempre durante os encontros do Conselho das Conferências Episcopais da Europa. A próxima
será em junho, em Portugal. Espera-se que nesta data seja feito uma análise da situação
desta Rede.
Os jornalistas que se ocupam de religião enfrentam, por vezes,
alguma dificuldade em divulgar as suas notícias, sobretudo em órgãos de comunicação
“generalistas” em que as notícias religiosas nem sempre são consideradas prioritárias.
Padre Rocha admite que “há momentos ao longo do ano em que o tema religião preenche
a maioria dos espaços da mídia. Quando são outros temas a preencher, e que são prioridade
dos noticiários, é evidente que aí é mais difícil que o tema religião passe”.
Apesar
de nem sempre ser fácil divulgar as notícias religiosas, um fator muito importante
é a aproximação cada vez maior entre a comunicação social e a Igreja Católica.
Padre
Paulo Rocha considera que “fruto desta crescente aproximação e disponibilidade por
parte tanto de bispos, como de responsáveis da Igreja Católica para falar com os jornalistas,
diminuiu a distância que existia antes”. (SP- Renascença)