2014-01-25 12:22:15

“Novos espaços e responsabilidades da mulher não façam esquecer o seu papel insubstituível na família” – Papa Francisco aos participantes no Congresso Nacional do Centro Italiano Feminino


O santo Padre recebeu em audiência neste Sábado aos participantes no Congresso nacional promovido pelo Centro Italiano Feminino. No seu discurso, Papa Francisco começou por evocar todo o bem que o Centro realizou durante os seus quase 70 anos de vida, em particular as obras que fez no campo da formação e da promoção humana, e o testemunho que deu sobre o papel da mulher na sociedade e na comunidade eclesial. De facto, observou o Papa, ao longo das últimas décadas, ao lado de outras transformações culturais e sociais, também a identidade e o papel da mulher na família, na sociedade e na Igreja, conheceram mudanças significativas e, em geral, a participação e a responsabilidade das mulheres tem vindo a aumentar.

Neste processo tem sido e continua a ser importante também o discernimento por parte do Magistério dos Papas, como bem demonstra a Carta Apostólica de 1988 Mulieris dignitatem, do Beato João Paulo II, sobre a dignidade e a vocação da mulher [documento que reconhece a força moral da mulher e a sua força espiritual], e também a Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1995, sob o tema " Mulher: educadora de paz” – observou o Papa.

Em seguida o Papa nota que também ele recordou a vital contribuição da mulher na sociedade, particularmente com a sua sensibilidade e intuição para o outro, o fraco e o indefeso, e se alegrou por ver muitas mulheres partilhando algumas responsabilidades pastorais com os sacerdotes no acompanhamento de pessoas, famílias e grupos, como na reflexão teológica, e desejou que se alarguem os espaços para uma presença feminina mais capilar e incisiva na Igreja, como se lê na Exortação Apostólica “A alegria do Evangelho” n. 103
Estes novos espaços e responsabilidades – recorda o Papa na mensagem - que se abriram e que ele sinceramente espera que se possam expandir ainda mais não podem fazer-nos esquecer o papel insubstituível da mulher na família. As qualidades de delicadeza, uma particular sensibilidade e ternura, assim tão abundantes na mente feminina, representam não apenas uma verdadeira força para a vida das famílias, para a irradiação de um clima de serenidade e harmonia, mas também uma realidade sem a qual a vocação humana seria irrealizável.
E como se pode crescer na presença eficaz em muito âmbitos da esfera pública, no mundo do trabalho e nos lugares onde são tomadas as decisões são mais importantes, e ao mesmo tempo manter uma presença e uma atenção preferencial e especial na e para a família? – se pergunta o Papa, sugerindo como resposta a importância do discernimento que, além da reflexão sobre a realidade da mulher na sociedade, pressupõe a oração assídua e perseverante.
Na verdade – concluiu o Papa - é no diálogo com Deus, iluminado pela sua Palavra, irrigado pela graça dos sacramentos, que a mulher cristã procura sempre de novo responder à chamada do Senhor, no concreto da sua condição; uma oração sempre apoiada pela presença materna de Maria que saberá mostrar o caminho a percorrer, para aprofundar o significado e o papel da mulher na sociedade e para ser totalmente fiel ao Senhor Jesus Cristo e à própria missão no mundo.








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