Síria. Mons. Tomasi: a única alternativa à guerra é o diálogo
Prossegue em Ginevra, na Suíça, a Conferência Internacional sobre a Síria, Genevra
2. Mons. Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé junto da ONU em Ginevra apresentou
nesta quarta-feira a posição e as propostas da Igreja e da Santa Sé para a crise siriana.
No seu discurso, Mons. Tomasi iniciou por recordar que “ os representantes da população
siriana e da comunidade internacional encontram-se reunidos nesta conferência de Ginevra
2 com o principal objectivo de encontrar e adoptar passos concretos que conduzam à
um futuro de paz para o povo siriano e do Médio Oriente”. Neste sentido, observou,
“perante o imenso sofrimento do povo siriano, um sentido de solidariedade e de responsabilidade
comum leva-nos a empenharmo-nos num diálogo baseado na honestidade, na confiança recíproca
e em passos concretos. O diálogo, asseverou, permanece a única via para andar avante.
Não existe solução militar à crise siriana. A Santa Sé, disse ainda Mons. Tomasi,
está convencida que a violência não leva à lado nenhum senão à morte, à distruição
e à falta de futuro. Neste sentido recordou que a Delegação da Santa Sé, está presente
nesta conferência, precisaqmente com o objectivo de contribuir ao bom êxito deste
processo de paz fundamental, que de per si é um sinal da vontade política que existe
em dar prioridade à negociação e não às armas, prioridade às pessoas e não ao poder
estremo. E´por isso lembrou ainda Mons. Tomasi, que todos os líderes religiosos
presentes nesta conferência, convergem sobre a necessidade de pôr fim à violencia
das armas que já fez sofrer muito a população siriana. Chegou por conseguinte o momento
de tomar medidas concretas para por em prática as boas intenções até hoje expressas
por todas as componentes deste conflito fratricida. A Santa Sé, concluiu dizendo
Mons. Tomasi, renova o seu urgente apelo às partes envolvidas no conflito para um
pleno e absoluto respeito do direito humanitário e apresenta a seguinte proposta: Um
cessar fogo imediato e incondicionado; o fim de todos o tipos de violências praticadas
até agora deve tornar-se no principal objectivo destas negociações; a deposição de
todas as armas e a implementação de medidas concretas para travar a circulação das
armas, o financiamento das armas e deixar espaço aos intrumentos da paz; que o fim
das hostilidades seja acompanhado por uma maior assistência humanitária e logo no
início da reconstrução; iniciar os esforços de reconstrução já nesta fase das negociações;
reconstruir a sociedade mediante o diálogo e o processo de reconciliação nacional.