Síria. "Genebra 2": o Conselho Mundial das Igrejas pede um cessar-fogo imediato
No conflito sírio "não existe uma solução militar"; é urgente "o fim imediato de todas
as hostilidades e confrontos armados no território sírio"; é necessário garantir a
assistência humanitária; o caminho certo é o de "desenvolver um processo abrangente
e inclusivo para o estabelecimento de uma paz justa e reconstruir a Síria": são as
recomendações feitas pelo Conselho Mundial das Igrejas (CMC), que reuniu em Genebra
cerca de 30 líderes religiosos, tendo em vista a Conferência" Genebra 2 ", marcada
para amanhã. O Conselho elaborou um documento - enviado à Agência Fides - para ser
entregue ao enviado da ONU para a Síria, Lakhdar Brahimi, à Liga Árabe e aos outros
actores presentes na conferência.
"Não há tempo a perder: demasiadas pessoas
morreram ou tiveram que deixar as suas casas", disse o Reverendo . Olav Fykse Tveit
(foto), Secretário-geral da CMC, ao apresentar o texto, tendo explicando que "as igrejas
falam com uma só voz": para a elaboração do documento, participaram, de facto, líderes
da Igreja do Médio Oriente, do Vaticano, da Rússia, Estados Unidos, de outras nações
europeias, pertencentes a denominações católica, ortodoxa, protestante e anglicana.
"Nós representamos a maioria silenciosa dos sírios que querem a paz", especificou
Catholicos Aram I, chefe da Igreja Armena Apostólica, garantindo aos líderes políticos
que participarão no Genebra 2 "o total apoio de todas as igrejas para a vossa missão
crucial". O CMC acredita que "as igrejas podem mobilizar a opinião internacional,
condenando tudo o que há de mal nesta situação e apoiando o bem supremo que é a paz,
uma paz justa". O encontro do CMC foi acompanhado por uma oração ecuménica para exprimir
solidariedade com o povo da Síria e para pedir a Deus o dom da reconciliação.