Conferência Genebra 2: Igrejas cristãs sírias fazem nova campanha de oração
Damasco (RV) - Os líderes das Igrejas cristãs na Síria lançaram uma nova campanha
de oração para apoiar os esforços de paz em vista da Conferência de Paz Genebra 2,
sobre a Síria, pedindo o fim da guerra e passos concretos no sentido da reconciliação
nacional. A conferência terá início nesta quarta-feira, 22 de janeiro, em Montreux,
na Suíça.
Numa mensagem, enviada à Agência Fides, o Patriarca Melquita de Damasco,
Gregório III Laham, convida os cristãos sírios a se unirem em oração para o sucesso
da Conferência, e exorta todos os cristãos do mundo a aderirem a esta intenção.
"Rezamos
pela verdadeira reconciliação em Genebra 2", afirma o patriarca na mensagem enviada
à Fides, observando que "a chave para o sucesso da conferência é uma reconciliação
nacional baseada na fé, nos direitos humanos fundamentais e nos valores peculiares
do povo sírio".
Da Conferência de paz sobre a Síria se espera a instituição
de um "governo de transição" que incluiria representantes do atual governo e representantes
de grupos da oposição. Entre as muitas dificuldades que a Conferência de Genebra 2
deverá enfrentar está o saber e decidir quem realmente representa o povo sírio e quais
países devem ser convidados a participar.
Numa nota enviada à Agência Fides,
a organização "Middle East Concern" (Mec), com escritórios espalhados por todo o Oriente
Médio, ressalta que "a violência continua sendo perpetrada em várias partes da Síria,
causando mortes, lesões e traumas, junto com severas restrições para o acesso ao alimento
e assistência médica.
O organismo recorda o flagelo dos sequestros e casos
específicos de violência de motivação religiosa contra os cristãos. A ONG convida
todos os fiéis do mundo a se unirem aos cristãos sírios em oração para que a Conferência
de Paz Genebra 2 possa pôr fim à crise na Síria, para que os delegados tenham como
prioridade as necessidades e bem-estar do povo sírio e que sejam consideradas as urgências
de milhões de sírios deslocados dentro do país e nos países vizinhos. (MJ)